Com a chegada do verão e o aumento da temperatura, cresce também o aumento da proliferação do mosquito transmissor da dengue. Por isso, o Comitê Municipal de Mobilização contra a Dengue em Nova Friburgo se antecipa, e desde já, começa a tomar medidas preventivas para que a cidade não tenha surtos da doença.
Ao contrário de 2008 quando o Comitê fez apenas uma mobilização na Praça Getúlio Vargas, este ano será lançada uma ação inédita no país. O objetivo do ‘Dia D no combate a dengue’ será fazer com que os trabalhadores adotem as medidas preventivas em seus locais de trabalho. Ou seja, cada funcionário vai participar combatendo o mosquito da mesma forma que faria se estivesse em casa, buscando possíveis locais onde o mosquito se reproduz, como lugares que possuem águas paradas. Isso tudo articulado em único dia específico. Seria o ‘Dia D Diferenciado’, no dia 12 de fevereiro. Portanto, Nova Friburgo vai avançar nesta experiência, contando com várias parcerias entre o setor público e o setor privado no que diz respeito no combate ao vetor.
O trabalho desenvolvido pelo Comitê Contra a Dengue em Nova Friburgo é exemplar. Foi o primeiro criado na Região Serrana do estado. O pico da dengue na cidade inicia em março e desde já as autoridades do setor estão tomando as providências contra a doença. A dengue não será tratada como conseqüência, mas será trabalhada na prevenção, na informação. Vamos nos anteceder ao problema”, conclui Sueli Scotelaro, coordenadora do Departamento de Saúde Coletiva Municipal.
O Comitê de Mobilização é tão atuante, que ele faz parte de uma câmara técnica regional que discute medidas na prevenção da doença também em municípios que tiveram surtos e possuem altos riscos de terem novamente e com intensidade de casos ainda maiores. É o caso de Cordeiro, Cantagalo, Carmo e Macuco.
Segundo Sueli, é imprescindível que todos os friburguenses deem total atenção aos agentes de saúde porque a dengue não acomete só as camadas mais pobres da população. Ela atinge a todos. “O Rio de Janeiro entendeu o problema com a última epidemia com a superlotação dos hospitais. Inclusive, muitas pessoas foram atendidas no Hospital Raul Sertã”, afirma.
A missão do comitê que define ações de mobilização social na questão da doença está sendo cumprida. Em 2007, houve casos de dengue durante todo o ano na cidade. Em 2008 houve apenas nove casos que foram confirmados no primeiro semestre. Isso se deve ao trabalho desenvolvido no combate ao vetor, às campanhas de mobilização e, principalmente, à informação, que mudou o perfil da doença no último ano. “A dengue não deve aparecer na mídia apenas quando o surto já está instalado, mas sim, durante todo o tempo como forma de prevenção”, declara Melânia de Paulo Cariello Hoelz, coordenadora da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Fundação Municipal de Saúde e presidente do comitê.
As reuniões do comitê para discutir as estratégias adotadas são semanais e a próxima será nesta terça-feira, 20, às 14 h, no auditório do posto de saúde Sylvio Henrique Braune. O comitê está sempre aberto para qualquer pessoa ou empresa que queira participar, afinal, quanto maior o número de participantes, menor será a chance do mosquito se proliferar na cidade.
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