Com a palavra, nossos mais antigos assinantes

"A Voz da Serra está de parabéns, assim como Nova Friburgo, por ter logrado, a partir da estrutura familiar, formar outro grupo, com espírito tal e qual uma família, com valiosos colaboradores. Ao longo de três gerações, seus diretores vêm lutando para entregar aos friburguenses um produto de comunicação qualificado, com formato e conteúdo modernos. Numa cidade de interior, certamente sem muitos recursos financeiros e com poucas facilidades tecnológicas, mas com muita determinação, o fundador de AVS, Américo Ventura, foi forte o suficiente para levar adiante um projeto que marcaria a cidade. Provavelmente, de seu cotidiano na pacata Rua Oliveira Botelho, não antevia em toda a sua extensão o alcance da empreitada à qual se lançava então. No entanto, foi o maior legado que aquele pai, depois avô, deixou para seus herdeiros, essa nova geração que hoje dá seguimento ao que seus antecessores começaram.

A cidade cresceu, a imprensa do país se desenvolveu e o saudoso Laercio Ventura, no comando do jornal, soube enfrentar as dificuldades para fazer valer o que lhe havia sido transmitido pelo pai, e pôde repetir o gesto de mais uma vez deixar uma obra a ser continuada. E a herança foi recebida com orgulho e responsabilidade, desta vez por uma mulher, sua filha Adriana Ventura, que, com a colaboração de seu jovem filho Gabriel, com muitas novas ideias na cabeça, mas com a mesma atitude firme, tem colocado AVS entre os veículos que mais se destacam em nossa Região. Nesta data, em que se celebram os 70 anos do jornal A Voz da Serra, somos nós, friburguenses, que, com alegria, recebemos esse presente que enriquece e atualiza o dia a dia de cada um de nós.” 

Antonio Lobianco

"O jornal A Voz da Serra é uma entidade que não tem preço. É de grande valor para Nova Friburgo e para nossa história. A Voz da Serra sempre deu destaque para tudo o que acontece no município. Era e é através dessa leitura que eu fico sabendo das coisas e das personalidades, personagens conhecidos ou anônimos, de todas as classes e origens. É até difícil para mim expressar a ligação que tenho com essa ‘casa’. Assim que vim morar nesta abençoada terra, em 1956, aos 30 anos de idade, ler o jornal era a primeira coisa que fazia, e ainda faço todos os dias, durante o café da manhã. Eu convivi com o Américo, que era uma pessoa muito interessante, envolvente, assim como o Laercio. Eles tinham o mesmo jeito de tratar as pessoas, de cativar. Ao mesmo tempo em que eram amigáveis e solícitos, eram firmes, e de caráter forte. E ser assim tinha muito valor naquela época. Eu acredito que o sucesso do jornal se deve muito a essa maneira de ser dos dois, que souberam conduzir com muita competência e honradez essa empresa. E, se Deus quiser, há de continuar nesse caminho, por mais duas gerações.”

Abdo Carim