Desta vez, os amantes da culinária japonesa não poderão degustar o sushi ou o sashimi durante a Festa das Colônias. É que estes pratos devem ser preparados na hora e saboreados, confortavelmente. Como a Festa das Colônias não oferecerá estrutura suficiente para tal, os japoneses optaram por servir pratos mais simples. Durante a festa, friburguenses e turistas poderão encontrar na barraquinha do Japão o tradicional yakissoba e o karê, tipo de sopa inspirada na culinária indiana, mas há tempos adotada e consumida no Japão.
A colônia está se esforçando ao máximo para a construção de um centro poliesportivo para a prática de softball, gateball e baseball, na entrada do Cardinot. Para angariar recursos e terminar a construção, os japoneses incluíram pastel no cardápio. "Nada a ver com a comida japonesa, mas todo mundo gosta e nós estamos precisando angariar fundos”, afirma o presidente da colônia, Motomu Watanabe. Além da barraca, a colônia fará no domingo, 19, das 10h às 10h30, uma apresentação de dança típica japonesa na Praça do Suspiro.
A colônia local não é muito numerosa – segundo Tohoru, não mais que 50 e poucas famílias continuam vivendo aqui. Os mais jovens, em sua maioria, foram tentar a sorte no Japão. No entanto, os japoneses ainda exercem um papel importante na sociedade graças à sua experiência e tradição. Muitos são empresários, profissionais liberais e comerciantes de diversos ramos. Eles costumam manter as tradições milenares de seu país, entre eles, o ritual da festa da floração da cerejeira (Hanami), no Sítio Florândia da Serra, em Conquista, da família Matsuoka.
Os primeiros japoneses chegaram a Nova Friburgo em 1927, com a vinda do engenheiro agrônomo Tohoro Kassuga e sua família, convidado pelo advogado Julio Zamith. Foi morar no Tingly, iniciando ali a plantação de caqui. Atribui-se a Kassuga, inclusive, a implantação desta fruta no Brasil.
Depois disso, outros japoneses vieram, dedicando-se especialmente à agricultura, cultivando tomate, alface hidropônica e flores. Graças a este povo, Nova Friburgo é hoje o segundo maior produtor de flores de corte do país.
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