Durante o verão a procura por alimentos frescos e saudáveis aumenta. E especialmente neste ano ir ao supermercado à procura destes itens tem sido sinônimo de dor de cabeça. São vários os alimentos que sofreram aumento de preço, e consumidores vem questionando o motivo de valores tão altos. Em alguns mercados da cidade, por exemplo, hortaliças como a cebola, cenoura e tomate, considerados uns dos hortifrutigranjeiros mais consumidos pelos brasileiros, sofreram reajustes consideráveis de preço.
As frutas também não escaparam do aumento, devido à queda da oferta em vários entrepostos atacadistas. A laranja até chegou a apresentar maior quantidade de oferta devido aos meses de agosto e setembro de 2015, no entanto, posteriormente não houve acompanhamento da evolução da demanda, impactando na subida dos preços.
De acordo com o secretário de agricultura e desenvolvimento rural de Nova Friburgo, Selmo Santos, o clima é o principal fator da elevação dos preços. “Devido às chuvas dos últimos meses e também por causa da seca, a instabilidade é frequente, principalmente o tomate que é uma fruta delicada. Com as pancadas de chuvas acaba estragando a safra e aumentando nos preços”, explica Selmo.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) afirma que este cenário permanecerá no início deste ano nos primeiros três meses, devido às chuvas esperadas para este período do ano. É esclarecido também que “além das questões climáticas, desde o segundo semestre de 2015 o plantios vem sendo afetados pela elevação dos custos de produção, devido à alta do dólar, e também pelo deslocamento de plantio para outras culturas, a exemplo da cebola, com preços mais atrativos no mercado e menor dispêndio na sua produção.”
Algumas cidades do Rio de Janeiro permanecem em observação para a produção de hortaliças, por causa do clima. “Paty do Alferes, Sumidouro, Itaocara e Nova Friburgo estão entre os principais municípios produtores de tomate no estado do Rio de Janeiro. Por consequência, problemas climáticos nessas localidades podem gerar reflexos nos preços praticados nos mercados atacadistas localizados nestes municípios e também na unidade Grande Rio da Ceasa/RJ, que recebe diversos produtos”, explica um representante da Conab.
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