O Cineclube Lumiar faz sessões especiais neste fim de semana, em celebração ao Dia da Consciência Negra. Com sessões no sábado, 19, na Oficina Escola Mãos de Luz, a partir das 17h, e no domingo, 20, com exibições na Casa do Lago, a partir das 19h, a programação inclui curtas, médias e longas-metragens que realçam diferentes aspectos da cultura negra.
Sábado, 19, na Oficina Escola Mãos de Luz
Icandomblé - O filme de João Velho, produzido em 2010, mostra o choque entre tradição e inovação no Candomblé globalizado, que resgata informações, costumes e ritualísticas vindos da África e de Cuba. Nacional. 16 minutos.
Oferenda - Sete velas brancas, sete velas azuis, champanhe, sete rosas brancas, sete fitas azuis (um metro cada uma) sete fitas brancas (um metro cada uma), um bilhete com no máximo três pedidos, um DVD. Local de entrega: praia de Tambaú. Produzido em 2011, de Ana Bárbara Ramos. Nacional. 18 minutos.
Uma Festa Para Jorge - A obra de 2009, produzida por Isabel Joffily e Rita Toledo, acompanha a trajetória de três devotos de São Jorge ao longo dos meses de preparação para o 23 de Abril, dia do Santo. Dona Ana luta para organizar as barracas da festa. Seu Jorge precisa manter a ordem na Igreja. Helinho se confronta com os seus orixás. A relação de cada um deles com o evento revela o universo da devoção ao Santo Guerreiro na cidade do Rio de Janeiro. Nacional. 52 minutos.
Casa das Minas - Os Voduns Reais de São Luís - Na produção de Hili Leimgruber e Jens Woernle de 2011, a região nordeste do Brasil, na histórica cidade portuária de São Luís, encontra-se um dos mais antigos, respeitados e expressivos terreiros de todo o Brasil: a Casa das Minas. Uma grande fidelidade à própria tradição proibiu às vodunsis, com o passar dos anos, de fazer concessões e de adequar a vida e ritos do culto às diferentes épocas. Nas trilhas do famoso escritor alemão Hubert Fichte o filme é uma aproximação poética à lida diária das vodúnsis para manter a dignidade do templo. Suíça. 85 minutos.
Domingo, 20, na Casa do Lago
Ojú Oná - Este filme de Clementino Junior, produção de 2011, mostra o memorial das experiências de cineclubistas afrodescendentes de diversos pontos do país, presentes a 28ª Jornada Nacional de Cineclubes, que tem em comum o uso do audiovisual para formação do olhar em prol de movimentos sociais, combate a intolerência religiosa, e educação. Nacional. 25 minutos.
Escola De Bambu - O curta de 2011 de Vinicius Zanotti se passa na periferia de Monróvia, capital da Libéria, país africano devastado por uma guerra civil entre os anos 1989 e 2003, Sabato Neufville ergueu uma escola com paredes de bambu e teto de folhas de zinco. No local, 160 crianças são alfabetizadas e adquirem noções de geografia, história, inglês e ciências. Como o país não conta com educação gratuita, este funcionário da ONU remunera do próprio bolso os professores da comunidade de Fendell, onde os vencimentos podem não chegar a 10 dólares americanos ao mês. Este documentário, produzido durante uma convalescência por malária e febre tifoide, tem como objetivo ser o alicerce de um movimento em prol da construção de uma escola de alvenaria para aquelas crianças. Ele é uma síntese de ações voluntárias que mobilizam brasileiros das áreas de arquitetura, direito e comunicação que acreditam que a solidariedade não enxerga fronteiras. Nacional. 15 minutos.
Entre Vãos - A produção de 2010, de Luísa Caetano, é um documentário etnolírico que se passa no Vão de Almas, habitado pela comunidade remanescente quilombola Kalunga, em Cavalcante (GO). Lizeni é uma menina kalunga de dez anos e é ela quem conduz nosso olhar por entre as brincadeiras de infância, o mundo adulto dos pais, a relação da família com a cidade mais próxima, além de nos revelar sonhos em contraposição à realidade do cotidiano em família. Nacional. 20 minutos.
Noitada de Samba - Foco de Resistência - O filme de Cély Leal, de 2010, se passa em 1971. No Rio de Janeiro, durante a ditadura militar, Jorge Coutinho e Leonides Bayer iniciavam, no Teatro Opinião, A Noitada de Samba. Traziam pela primeira vez, regularmente, para a zona sul compositores e músicos dos morros e da periferia. Foram 617 espetáculos, em 13 anos, transformando aquele espaço em foco de resistência política e cultural. O filme conta esta história através de depoimentos de Alcione, Beth Carvalho, D. Yvone Lara, Eliana Pittmann, Elton Medeiros, Gilberto Braga, Martinho de Vila, Maurício Sherman e outros. Nacional. 75 minutos.
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