Cidades paranaenses saem na frente na luta contra os pombos

sexta-feira, 09 de julho de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Leonardo Lima

Há pouco mais de um mês, a reportagem de A VOZ DA SERRA flagrou uma senhora na Praça Dermeval Barbosa Moreira alimentando uma grande quantidade de pombos. Conforme divulgado à época, ao mesmo tempo em que a senhora demonstrava solidariedade ao animal, alimentando-o, contribuía para a proliferação de uma espécie que causa uma série de malefícios à saúde do homem.

Prova disso é a proibição, pela Prefeitura de Londrina (PR), de alimentar os pombos, tanto nas ruas da cidade quanto em áreas particulares. A principal intenção da medida é evitar a proliferação destas aves, já que o número delas no município é alarmante e tem causado problemas em três aspectos: no meio ambiente, na saúde e no perímetro urbano.

Também no estado do Paraná, na cidade de Maringá, a Prefeitura instalou em novembro do ano passado três placas em praças públicas orientando a população a não alimentar tais animais. A iniciativa é parte de uma campanha desenvolvida pelo Centro de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde.

Embora o problema também seja notório em Nova Friburgo, ainda não existem políticas públicas para controle da população de pombos e nem mesmo medidas preventivas para que seja evitado o contágio de doenças causadas por eles. Assim sendo, a única forma de amenizar o problema é cada um se conscientizar do impacto que o simples ato de alimentar esses animais pode causar.

Malefícios causados pela espécie

O pombo comum, também conhecido como pombo-doméstico ou pombo-das-rochas, é uma ave bastante frequente nas áreas urbanas. Sua origem é asiática e há imagens que os representam na Mesopotâmia, datadas de 4.500 anos a.C.. Eles se alimentam de sementes, frutas, grãos e, nas cidades, de qualquer resto de alimento que encontram, inclusive alguns resíduos, e vivem até 15 anos. Curiosamente, não há nenhum predador destes animais nos grandes centros e, como sua reprodução é rápida – normalmente a partir dos seis meses de vida, cada ninhada gerando dois filhotes –, ocorre grave problema ambiental ao homem.

Além de competir por alimento com outras espécies nativas e danificar monumentos históricos, esta ave pode transmitir uma série de doenças como a criptococose, que é transmitida pela inalação da poeira contendo fezes secas do animal, compromete o pulmão, o sistema nervoso central, e podendo causar alergias, micose e até meningite; a salmonelose, contraída através da ingestão de ovos e carnes contaminadas por uma bactéria também presente nas fezes dos pombos, que gera infecção alimentar; dermatites, causadas pelos chamados piolhos de pombos, que provocam erupções na pele, além de coceiras no corpo; e alergias, ocasionadas pela inalação de penugens, que pode causar rinite e bronquite.

Há alguns métodos conhecidos que evitam a presença destes animais, como: evitar alimentá-los; consertar falhas em estruturas que permitam a construção de ninhos; vedar as bordas entre os telhados e lajes para impedir o acesso deles; e construir parapeitos com alguma inclinação, já que eles normalmente não pousam em superfícies inclinadas.

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