Membros das comissões de direitos humanos da seccional Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da subseção local da entidade em Nova Friburgo vistoriaram recentemente duas áreas violentamente atingidas pela tragédia de janeiro: os bairros Córrego Dantas e Duas Pedras e ainda o abrigo para as vítimas que perderam suas casas ou tiveram seus lares interditados pela Defesa Civil que funciona no antigo Serviço de Assistência Social Evangélica (Sase) na Rua Júlio Antônio Thurler, no bairro Olaria. Lá permaneciam no dia da visita pelo menos 17 famílias. Os advogados que participaram das vistorias não gostaram do que viram. Eles constataram que poucas intervenções do poder público foram realizadas nos dois bairros nos últimos meses. Diversas casas e ruas continuam parcial ou totalmente destruídas.
No abrigo, os advogados constataram que os desabrigados convivem sem privacidade e enfrentam dificuldades para obter benefícios do governo estadual como o “Aluguel Social”. A maior expectativa ainda é pela casa própria. A presidente da comissão de direitos humanos da OAB-RJ, Margarida Pressburger, informou na ocasião que a visita gerou um relatório encaminhado ao governador Sérgio Cabral cobrando do Estado a necessidade de investimentos na Região Serrana neste pós-tragédia. No documento, os advogados cobram do Estado a aplicação imediata dos repasses federais para os municípios atingidos pela catástrofe climática de 12 de janeiro. “Não estamos vendo o resultado das doações”, disse ela.
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