Oito pessoas foram detidas, acusadas de fornecer bebida alcoólica para adolescentes, e outras duas por tráfico de drogas na Praça Getúlio Vargas, na noite da última sexta-feira, 11, em mais uma operação da Secretaria Municipal de Políticas sobre Drogas. A investida que contou com o apoio de outros órgãos teve o objetivo de coibir o consumo dessas substâncias por menores de idade.
Segundo a polícia, os oito suspeitos foram levados para a 151ª DP e autuados por infringirem o artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Eca). Quatro deles pagaram fiança para responder à acusação em liberdade e os demais permaneceram detidos até o pagamento da fiança posteriormente. Os dois detidos por tráfico permaneceram presos na delegacia.
Durante a operação, 12 adolescentes em situação de vulnerabilidade foram abordados pelos agentes. Um deles era reincidente da primeira edição da Operação Choque de Ordem realizada no mês passado. Com um menor, os policiais encontraram uma pequena quantidade de drogas. Todos os jovens só foram liberados após a chegada dos pais ou responsáveis que serão notificados para comparecerem posteriormente no Conselho Tutelar.
Além do Conselho Tutelar e das polícias Civil e Militar, a ação, que começou às 20h e terminou por volta das 23h30, foi supervisionada pela 1ª Vara de Família, Infância, Juventude e do Idoso e o Ministério Público estadual, e contou com o apoio também da Guarda Municipal, do Departamento de Posturas e do Centro de Referência em Assistência Social (Creas).
Segundo o secretário de Política sobre Drogas, Daniel Lage, as ações continuarão acontecendo por tempo indeterminado no município. “O trabalho em conjunto com todos esses importantes órgãos reforça a mensagem de conscientização que queremos transmitir a respeito do incentivo, que muitas vezes, os maiores fazem aos menores para o uso de bebidas e entorpecentes. Queremos que a praça seja um local de lazer e que as famílias possam vir aqui em segurança”, observou Daniel.
A juíza Adriana Valentim, que também participou da ação, destacou que nos casos em que há reincidência de menores, os pais podem responder na Justiça por abandono e até perderem a guarda do filho. “A bebida é a porta de entrada para as drogas e o tráfico está, a cada dia, fazendo novas vítimas e se aproveitando dos menores para se fortalecer. Esta ação mostra a atuação do estado quando a família falha. É urgente um desempenho mais incisivo dos pais em relação à educação de seus filhos”, pontuou a magistrada.
A última operação semelhante foi realizada no dia 9 de abril na Rua Monte Líbano, que concentra vários bares, e também na Praça Getúlio Vargas. Nove adolescentes foram abordados e três bares foram fechados por falta de alvará ou irregularidades nos documentos. Os responsáveis pelos menores foram notificados a comparecer ao Conselho Tutelar e estão recebendo acompanhamento familiar.
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