Chegou a hora: chama olímpica dorme este sábado em Nova Friburgo

“Chama que convida à união dos povos — ideal que encontra-se na própria gênese friburguense, e que tem aqui uma de suas mais concretas manifestações”
sábado, 30 de julho de 2016
por Márcio Madeira
(Foto: Arquivo A VOZ DA SERRA)
(Foto: Arquivo A VOZ DA SERRA)

Um dia para ficar na história de Nova Friburgo. Quase mil voluntários, trinta viaturas, 12,5 km de percurso, cerca de 700 visitantes de outras cidades, rede hoteleira com ocupação próxima a 100%, um ano e meio de planejamento. Finalmente chegou a hora: o principal símbolo do maior evento mundial de nossa era visita neste sábado, 30 de julho de 2016, grande parte do centro urbano friburguense, ao longo de um itinerário que figura entre os maiores da longa peregrinação que visitou mais de 300 municípios brasileiros durante 95 dias.

Mais do que isso: Nova Friburgo foi escolhida também para ser uma das 83 cidades brasileiras a abrigar por uma noite a preciosa chama que convida à união dos povos — ideal que encontra-se na própria gênese friburguense, e que tem aqui uma de suas mais concretas manifestações.

Trata-se, sob qualquer aspecto, de um momento único, que mesmo as mais novas gerações dificilmente voltarão a testemunhar por aqui. Uma oportunidade de festejar em família, com interesses distintos para jovens, adultos e idosos, mas sobretudo de refletir a respeito dos elevados valores que deram origem aos jogos modernos — e que sobrevivem sim, em meio a todos os inevitáveis interesses mercadológicos.

Para todos, contudo, que viveram de perto o drama de 2011, e desde então se viram relacionados nacional e internacionalmente a um evento que parecia eterno em sua capacidade de gerar mídia negativa, refletindo uma crise de autoestima de quem se acostumou a ser notícia pelos motivos errados, esta talvez seja a grande oportunidade de encerrar um ciclo que nada tem a ver com política, com governo, ou qualquer outra personificação da culpa alheia.

Tão importante quanto a projeção exterior de uma nova imagem para Nova Friburgo, é o resgate de uma positiva identificação municipal, do orgulho de ser friburguense e fazer parte de uma história que não começou cinco anos atrás.

É hora de festa, e também de protestar, se for o caso. Mas sempre com respeito e de forma pacífica, até mesmo porque daqui a pouco mais de dois meses haverá oportunidade de manifestar na urna, de forma muito mais concreta e efetiva, qualquer forma de insatisfação.

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TAGS: Tocha Olímpica
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