Dalva Ventura
Ainda bem que não tem chovido muito e o período de estiagem já está chegando. O presidente do Nova Friburgo Country Clube, Antônio Baptista Filho, agradece todos os dias a São Pedro por isso e afirma que se as obras no chalé não começarem até o próximo período de chuvas, o clube fará uma intervenção, ao menos no telhado, sem mudar o madeirame, só para acabar com as infiltrações e não continuar a chover lá dentro.
Para quem não sabe, o chalé, que é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), corre sérios riscos de desabamento. Aquele lindo prédio, orgulho dos friburguenses, encontra-se fechado há um ano e está num estado lastimável, com infiltrações no teto, na parede e no forro. Dá pena de ver. Principalmente quando se sabe que nada disso precisava ter acontecido.
O presidente do clube garante que até há alguns anos o chalé encontrava-se em perfeito estado. “Na minha primeira gestão, há 20 anos, não havia nenhum problema com a nossa sede nobre. De lá para cá estive no chalé diversas vezes e o prédio necessitava apenas de pequenas restaurações nos murais e afrescos que ornamentam o teto”, afirma Antônio Baptista. Ou seja, a situação atual poderia ter sido evitada, já que as infiltrações eram pontuais e localizadas. Bastaria substituir as telhas quebradas, o que poderia ser feito utilizando a mão de obra do próprio clube. Sem infiltrações, o forro do chalé não teria apodrecido e o estuque não teria caído.
Na administração passada, empresários da cidade colaboraram fornecendo estaqueamento para sustentação do forro e uma cobertura de plástico para impedir a entrada da água da chuva. No entanto, o plástico durou pouco, pois foi destruído pelo vento e voltou a chover dentro do casarão.
A pergunta que não quer calar é a seguinte: por que as diretorias anteriores não trataram de substituir as tais telhas? De nada adianta, porém, lamentar o passado e o que deixou de ser feito. Agora é bola pra frente. A possibilidade de desabamento de sua sede nobre, construída em 1883 e, portanto, de um valor histórico incalculável foi um dos muitos desafios que Antônio Baptista Filho assumiu quando aceitou a presidência do clube, que vivia a pior crise de sua história.
O projeto de recuperação do chalé foi orçado em R$ 1,3 milhão e o clube, é claro, não dispunha nem dispõe deste dinheiro. A diretoria resolveu enfrentar o leão antes que fosse tarde demais e começou a correr atrás destes recursos junto à iniciativa privada e o governo federal.
O presidente está muito esperançoso e animado, mas continua não podendo dar mais informações sobre o andamento destas negociações. Garante que um empresário local se mostrou disposto a ajudar (apesar de não ter dado, ainda o sinal verde) e que o Ministério das Cidades poderá vir a liberar “antes do que se imagina” uma verba capaz de salvar o nosso casarão. Que bom!
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