Acabou o descanso. Nesta segunda-feira, 6, cerca de 25 mil alunos das redes municipal e estadual, além daqueles das escolas particulares, voltam às salas de aula em Nova Friburgo. De férias desde o dia 16 de dezembro, os estudantes das 125 unidades de ensino do município e das 25 escolas estaduais da cidade tiveram 50 dias de folga. Mas, como nem todos os pais tiveram todo esse tempo para organizar o retorno a rotina, muitos deixaram a compra do material escolar para a última hora.
Na última sexta-feira, 3, a equipe de reportagem de A VOZ DA SERRA visitou algumas papelarias no centro da cidade e, como diz o ditado popular, “tinha gente saindo pelo ladrão”. “Desde o início da semana a loja ficou cheia. Não é à toa que o brasileiro é conhecido por deixar tudo para a última hora. A gente espera ainda mais movimento amanhã [sábado, 4]”, disse a comerciante Ana Paula Silva.
Em outra loja, o gerente Elton Moreira conta que já esperava o aumento das vendas. “A maioria dos pais e dos estudantes aproveitam as férias ao máximo e deixam para pensar no material apenas quando já está próxima a data de retorno às aulas. Tem aqueles que vão além e deixam para comprar apenas depois do carnaval”, disse ele, acrescentando que a expectativa é que as vendas sejam 15% mais altas em relação ao mesmo período do ano passado.
Caroline Guimarães, dona de uma papelaria, também está com a expectativa alta e conta que a loja já está trabalhando em horário estendido. “Ontem e hoje a loja recebeu muitos clientes. Para o sábado estamos esperando um movimento ainda maior. Ao longo desta semana estamos fechando além do horário normal, entre 20h e 20h30, conforme o movimento”, falou.
O empresário Jorge Knupp também notou o movimento maior da papelaria que administra durante essa semana. “As compras de última hora começaram na segunda-feira mesmo, mas se potencializam hoje [sexta-feira] e amanhã [sábado]”, disse ele, explicando que quem deixa para a última hora pode encontrar preços mais caros, enfrentar filas e, por conta da grande procura, não ter o atendimento adequado, ou seja, com um vendedor orientando, durante todo o processo de escolha e compra.
A educadora Liliane Souza, de 33 anos, mãe das gêmeas Larissa e Letícia, de 12 anos, é uma das que deixou para comprar o material às vésperas da volta às aulas. “A gente viaja, faz uma coisa, outra, visita um parente, amigos, vai deixando, deixando e quando vê já está quase no dia. As meninas ficam ansiosas para comprar, mas mesmo assim, este ano, deixamos mesmo para a última hora”, disse ela. Questionada pelos preços, Liliane explicou que: “Agora não tem muito o que fazer. Não dá tempo de ficar pesquisando em vários lugares. É escolher um que já está acostumado a comprar e confiar que os preços estejam dentro do que está sendo praticado como um todo no mercado”.
Quando o assunto é economia, muitos pais não medem esforços para diminuir as contas. A professora Glaucia Moura da Silva, de 34 anos, é mãe de dois meninos e veio de outra cidade em busca de preços mais baixos. “Sou de Cantagalo e resolvi vir aqui para comprar o material. Acredito que, por conta do maior número de opções, eu consiga preços melhores dos que os de lá”, argumentou.
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