Ceramista Marisa Poyares mostra sua técnica em nova exposição

Peças únicas são produzidas artesanalmente com processo de duas queimas em alta temperatura
quinta-feira, 26 de julho de 2018
por Adriana Oliveira (aoliveira@avozdaserra.com.br)
As peças, minimalistas, são decorativas e utilitárias (Divulgação)
As peças, minimalistas, são decorativas e utilitárias (Divulgação)

“Formas e Cores” é o nome da nova exposição de peças de cerâmica e também pinturas assinadas por Marisa Poyares na galeria da Usina Cultural Energisa, na Praça Getúlio Vargas, 55, Centro. A visitação, que começou dia 20, vai até 1º de setembro, de terça a sábado, das 13h às 18h.

Nascida em São Paulo, a artista plástica mudou-se para o Rio, onde viveu nas décadas de 70 e 80 e pintava. Formada em Museologia, foi contratada pelo Iphan para participar do Programa Nacional de Museus e trabalhou no Museu Histórico Nacional. Aposentada, veio morar em Nova Friburgo, em Três Picos, Salinas. Aqui se dedicou à cerâmica artesanal de alta temperatura, também conhecida como a "arte do fogo".

Com inspiração no minimalismo, seu trabalho como ceramista inclui peças refratárias, decorativas e utilitárias. Únicas em suas formas, texturas e cores, são produzidas artesanalmente, no processo de duas queimas.

Como pintora e ceramista, Marisa já participou de diversos salões, em Campinas, Belo Horizonte, Curitiba e principalmente no Rio, estando presente por cinco anos no Salão Nacional de Arte Moderna. Hoje participa de feiras, eventos, exposições coletivas e individuais. Faz parte ainda do grupo Ceramistas de Nova Friburgo e seu trabalho pode ser conferido em diversos locais da cidade e ainda em seu próprio atelier.

A cerâmica

A cerâmica, ou arte do barro (argila), é uma manifestação artística  descoberta há dez mil anos. Os primeiros objetos de cerâmica tinham finalidades práticas, como guardar sementes e grãos, transportar água, cozinhar alimentos e outras tarefas da vida cotidiana. Logo a modelagem do barro passou a  expressar gostos e crenças. As peças também davam identidade aos povos primitivos, que, através de marcas deixadas nas cerâmicas, se reconheciam entre si e perante os outros.

Os estudiosos do assunto afirmam que a cerâmica é a mais antiga das indústrias, nascida no momento em que o homem começou a utilizar-se do barro endurecido pelo fogo. Desse processo de endurecimento, obtido casualmente, multiplicou-se. A cerâmica passou a substituir a pedra trabalhada, a madeira e mesmo as vasilhas feitas de frutos como o coco ou a casca de certas frutas.

 

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