Há dias anunciamos a chegada, em nosso site, de uma remessa de periódicos desconhecidos da maioria dos friburguenses. Pequenos jornais datados do final do século 19 e do início do século 20 que circularam pelos lares friburguenses, dando notícias, fazendo anúncios comerciais e, na falta de um e de outro, fazendo poesia e literatura, dando o ar da graça. A Cigarra, de 1905, e um ano antes, O Álbum, o semanário crítico, literário e noticioso já estava presente, dirigido por A. Balthazar, e era destinado “ao Bello Sexo”. Mas, muito antes disso, em 1895, dirigido por Augusto Pires, O Beija-Flor já circulava aos domingos, anunciando retreta das Bandas Euterpe e Campesina, no coreto defronte à Matriz, “...e para que não falte ordem e respeito, uma após a outra...”, é claro! Ainda no apagar das luzes dos anos “mil oitocentos e espingarda”, mais precisamente no dia 13 de setembro de 1899, era anunciado nas ruas da cidade, pela bagatela de 100 réis, o número 2 do semanário O Suspiro, do diretor Reynaldo dos Santos Barosa, um periódico manuscrito e impresso por processo semelhante ao do mimeografo – que utilizava no lugar do álcool uma “meleca” gelatinosa feita sabe-se lá de que.
Nelson A. Bohrer (Guguti)
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