O Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) dos Correios voltou a atender os clientes que vão diretamente ao setor retirar correspondências e encomendas que não chegam ou demoram muito a ser entregues em domicílio. No início desta semana, A VOZ DA SERRA denunciou que o serviço, em Nova Friburgo, havia sido interrompido prejudicando os clientes. Os comunicados afixados nos dois portões de acesso à unidade, nas ruas Dante Laginestra e Prefeito José Eugênio Muller, no Centro, que informavam que os clientes deveriam aguardar a entrega em domicílio pelos carteiros, foram substituídos por outros comunicados que informam o horário de atendimento ao público no CDD: das 13h30 às 16h.
Os funcionários dos Correios estão em greve desde a última terça-feira, 26. Em Nova Friburgo, no entanto, somente um funcionário da estatal aderiu ao movimento nacional da categoria. As oito agências dos Correios, incluindo as franqueadas, e o CDD funcionaram normalmente em Friburgo nesta quinta-feira, 28.
Os funcionários dos Correios decidiram cruzar os braços por tempo indeterminado porque a empresa não cumpriou, segundo o sindicato, o acordo previamente assinado referente ao reajuste salarial de 3% e à manutenção de benefícios firmado no acordo coletivo 2017/2018. “A empresa não quer pagar o retroativo da nossa data-base que foi em agosto e não avança no diálogo. Os trabalhadores não aceitam a retirada de direitos. Portanto, votamos pela greve e vamos continuar lutando pela nossa sobrevivência”, ressaltou o presidente do sindicato da categoria no Rio (Sintect-RJ), Ronaldo Martins.
A estatal, por sua vez, afirmou que só poderá fazer o reajuste em janeiro, mas não irá pagar os retroativos referentes aos meses excedentes ao prazo firmado entre eles. Além do Rio de Janeiro, os estados de São Paulo, Maranhão e Tocantins paralisaram parcialmente as atividades esta semana e, juntos, correspondem a 75% da carga postal do país. Com isso, funcionários de todos os 26 estados mais o Distrito Federal estão em greve no país.
De acordo com as entidades que representam trabalhadores, a paralisação é parcial, com redução de funcionários nas agências, e afeta principalmente a área de distribuição. As agências franqueadas não estão participando da greve - são cerca de 1 mil no país. Já as agências próprias totalizam mais de 6.500 em todo o país. Os Correios afirmaram, em nota, que 85% dos funcionários estão trabalhando e, mesmo assim, estão deslocando funcionários entre as unidades e fazendo horas extras para tentar minimizar os impactos.
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