Ceia sem panetone não é a mesma coisa

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Muito antes do Natal, o clima natalino já havia tomado conta de Nova Friburgo. Ao passar pelas principais ruas da cidade, chama a atenção a quantidade de pessoas procurando presentes e, é claro, as inúmeras delícias vendidas nesta época do ano. Segundo o empresário Toni Ventura, dono de uma das maiores distribuídoras de chocolates da região, a intensa procura por alimentos característicos deste período o motivaram a criar a Casa do Panetone. “Temos a estimativa de vender algo em torno de 25 mil panetones este ano”, diz o empresário.

Em seu estabelecimento, variedade parece ser a palavra que melhor define o grande leque de opções que o cliente encontra.

“Trabalhamos basicamente com o panetone da Nestlé. É o nosso carro-chefe”, explica.

Entre os sabores estão os mais tradicionais, como chocolate e frutas, e outras inovações, como o Prestígio, o Leite Moça, o Alpino e o Duo, que é feito metade com chocolate branco e metade com o preto. Para quem procura panetones mais econômicos, uma boa opção pode ser o Vilage Light e o Milano, que vêm nos sabores doce de leite com ameixa, damasco com uva passa, e frutas.

De acordo com Toni, as opções não atendem somente aos diferentes gostos do consumidor. “Os preços também variam bastante. Temos panetones de R$ 7,90 até R$ 39”, afirma. O empresário conta que desde que sua loja recebeu o primeiro carregamento do produto, as vendas dispararam. “Este ano recebemos os panetones em outubro, com bastante antecedência. Além de vendê-los, ainda os utilizamos para incrementar as cestas de Natal, que também são bastante procuradas. Mesmo depois do Natal, muitas pessoas ainda compram panetones para o Ano-Novo”, comenta Toni.

A origem do panetone: criado para impressionar?

Tradicional alimento da época de Natal, o panetone teve sua origem na cidade de Milão, no norte da Itália. Normalmente seu sabor possui uma discreta fragância de baunilha e recheio de frutas secas, como laranja, limão, uva-passa, figo e damasco. Durante sua fabricação, a massa passa por um processo de fermentação natural, que busca garantir uma consistência macia. Com o passar das gerações, sua receita passou por inúmeras modificações, que deram origem a outros alimentos, como o chocotone, o sorvetone e a colomba pascal. O panetone tradicional é rico em carboidratos e possui uma considerável quantidade de gordura. Uma fatia de 80 gramas tem, em média, 280 calorias.

O nome vem do vocábulo milanês “pannatón”, que possui significados controversos. Várias histórias tentam explicar seu surgimento. De acordo com uma antiga lenda, o alimento foi criado no século XVII, por Toni, um padeiro da região italiana da Lombardia, que se apaixonou por uma moça. Para impressionar seu sogro, criou uma nova receita de pão, recheado com frutas cristalizadas. Com o tempo esse pão recebeu o nome de “pao di toni”, ou seja, pão do toni, que atualmente é chamado de panetone.

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