Quem já começou a pesquisar os preços para as compras de Natal deve ter notado o aumento em boa parte dos itens que compõem os pratos da festa de fim de ano. Apesar de comum nesta época, um dos principais motivos do reajuste, maior do que de costume, é a alta do dólar, já que muitos produtos são cotados pela moeda americana, atualmente com valor superior a R$ 2,70.
Outro fator responsável pelo encarecimento dos produtos é o aumento do diesel que, consequentemente, torna mais caro os itens, além da demanda, a qual também faz com que os preços subam.
Em pesquisa pelos principais mercados do centro da cidade, A VOZ DA SERRA levantou os preços dos produtos indispensáveis na mesa natalina e constatou que, para ter um jantar farto, o consumidor vai precisar esvaziar o bolso. Em relação às carnes, a opção mais barata é o pernil, que pode ser encontrado por R$ 10,90/kg até R$ 24,60/kg, para quem prefere o desossado. Já o peru, o chester e o tender podem ser encontrados a R$ 12,68/kg até R$ 16,95/kg, R$ 12,88/kg até R$ 26,30/kg (desossado) e R$ 20,90/kg a R$ 49,90/kg, respectivamente. O preço do lombo, por sua vez, não possui grande variação entre os estabelecimentos do Centro, sendo o mais barato encontrado R$ 24,44/kg e o mais caro R$ 25,99/kg.
O bacalhau, tradicional principalmente na Páscoa, também é presença certa em algumas mesas durante o Natal. Este pode ser encontrado a R$ 32,95/kg, enquanto a opção sem sal chega a R$ 54,98 o quilo.
Outros itens comuns nas receitas natalinas, como o arroz à grega e o salpicão, são as uvas passas e as azeitonas. As passas, dependendo do estabelecimento, são vendidas a R$ 14,80, enquanto em outros pontos chegam a R$ 19,90/kg. O abismo entre os preços da azeitona é ainda maior. No primeiro mercado visitado, a equipe encontrou o produto por R$ 9,90/kg e, no segundo, muito mais caro, o valor era de R$ 25,90/kg.
As frutas tradicionais dessa época do ano também não ficam atrás quando o assunto é o peso no bolso do consumidor. O quilo das nozes, por exemplo, varia de R$ 24,36 — com casca — a R$ 115, a opção sem casca. Os valores da avelã também chamaram atenção. Entre o primeiro e o segundo mercado a diferença chega a R$ 10,70 no kg. O mesmo acontece com as amêndoas — que podem ser encontradas por R$ 13,60/kg a versão com casca e R$ 58,60/kg sem casca — e com as castanhas, com preços entre R$ 19,90/kg e R$ 61,50 se a fruta estiver sem a casca.
Contudo, a discrepância entre os preços do damasco, foram, sem dúvidas, a mais gritante. No primeiro mercado, o quilo do produto foi encontrado a R$ 12,39/kg; no segundo estabelecimento o preço era de R$ 32/kg, enquanto no terceiro o valor era cinco vezes maior do que no primeiro, chegando a R$ 63,99/kg.
O pão de rabanada, fundamental na receita de uma das mais tradicionais sobremesas de Natal pode ser encontrado a R$ 7,90/kg ou R$ 8,75/kg. Em alguns estabelecimentos o produto é vendido por unidade, sendo o preço R$ 2,70 cada.
Por último, mas não menos importante, está um dos itens mais cobiçados das festas de fim de ano — o panetone — e que talvez, por isso, possui tantas opções de preços. Entre os supermercados visitados no centro da cidade, o valor da guloseima varia de R$ 7,99 a R$ 50,79.
Dicas para economizar
Com tantas diferenças de preço nos produtos da ceia de Natal, a principal dica para economizar é pesquisar, visitar diversos estabelecimentos e comparar os valores. Ademais, apesar de um pouco mais trabalhoso, uma boa opção é fazer as compras aos poucos e em locais diferentes, conforme os melhores valores. Vale lembrar também que, nesta época, há muitas promoções e comprar nestas datas é sempre uma boa pedida. No entanto, o consumidor deve focar apenas nos produtos que possuem descontos.
É importante também fazer uma lista de compras, para levar para casa somente os itens necessários e fundamentais às receitas. Além disso, para economizar, alguns produtos podem ser substituídos — não se perde em sabor se usar a criatividade — e é fundamental estabelecer a quantia que será gasta com a ceia. Desta forma, não se corre o risco de comprar itens desnecessários e estourar o orçamento.
Deixe o seu comentário