Católicos se unem hoje no trabalho de fé e caridade

quinta-feira, 07 de junho de 2012
por Jornal A Voz da Serra
Católicos se unem hoje no trabalho de fé e caridade
Católicos se unem hoje no trabalho de fé e caridade

José Duarte

“A fé sem caridade não dá fruto” foi extraído do Livro de Tiago 2, 14–18. E foi o tema escolhido para ser desenvolvido por mais de duas mil pessoas a partir das 6h desta quinta, 7, na confecção dos 66 tapetes da procissão de Corpus Christi, dispostos desde o pátio da Paróquia São Bento Abade até a catedral São João Batista. Cada tapete terá 5,2 m de comprimento por 3,2 m de largura, enquanto as passarelas, padronizadas com borda vermelha, 80 cm cada. Serão usados 12 sacos de sal grosso, entre outros materiais como, tinta, jornal velho, areia etc.

Este é um trabalho voluntário, gratuito e baseado no amor ao Cristo Ressuscitado que nos deu o dom da vida. Estes voluntários integram vários movimentos católicos, fazem parte de paróquias, entidades particulares da cidade, entre outros. É um momento de muita fé, união e esperança, onde todos se doam pelo Criador, na alegria e satisfação do trabalho pelo Cristo.

Não existe liderança nem competição, e não é um campeonato onde o tapete mais bonito pode ganhar um prêmio ou troféu. É simplesmente uma forma de demonstrar a fé na Eucaristia e exaltar a caridade que todos devemos praticar, cumprindo o que nos pede Jesus Cristo na sua palavra, viva e ressuscitada, presente no nosso dia a dia.

DADOS HISTÓRICOS

A Igreja celebra Corpus Christi como uma festa de contemplação, adoração e exaltação, onde os fiéis se unem em torno de sua herança mais preciosa deixada por Cristo, o Sacramento da sua própria presença. A Solenidade do Corpo de Deus remonta ao século XIII, quando foi instituída pelo Papa Urbano IV, que prescreveu esta solenidade para toda a Igreja Universal. A origem da festa deu-se por um fato extraordinário ocorrido no ano de 1247, na Diocese de Liége, Bélgica. Santa Juliana de Cornillon, quando uma monja agostiniana teve consecutivas visões de um astro semelhante à lua, totalmente brilhante, porém com uma incisão escura. O próprio Jesus Cristo a ela revelou que a lua significava a Igreja, a sua claridade ao Corpo de Cristo. Santa Juliana levou o caso ao bispo local que, em 1258, acabou instituindo a festa em sua Diocese.

O fato, na época, havia sido levado também ao conhecimento do bispo Jacques de Pantaleón. Quase duas décadas mais tarde, viria a ser eleito papa—Urbano IV—e ele próprio estenderia a solenidade para toda a Igreja. O fator que deflagrou a decisão do papa, e que confirmaria a antiga visão de Santa Juliana, deu-se por um grande milagre ocorrido no 2º ano de seu pontificado: o milagre eucarístico de Bolsena, na Itália, onde um sacerdote tcheco, padre Pietro de Praga, colocando dúvidas sobre a presença real de Cristo na Eucaristia depois da consagração do pão e do vinho, viu brotar sangue na história consagrada (semelhante ao milagre de Lanciano, ocorrido no século VII). O fato foi levado ao Papa Urbano IV, que encarregou o bispo de Orvieto a levar-lhe as alfaias litúrgicas embebidas com o Sangue de Cristo. Instituída para toda a Igreja, desde então, a data foi marcada por concentrações, procissões e outras práticas religiosas, de acordo com o modo de ser e de viver de cada país, de cada localidade.

A festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV, com a Bula Transiturus, de 11 de agosto de 1264, celebrada na quinta-feira após a festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. A Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-feira Santa, e Corpus Christi é celebrado sempre na quinta-feira, depois do Pentecostes.

A celebração do Corpus Christi consta da Santa Missa, da procissão e da adoração do Santíssimo Sacramento. Lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento, esse povo foi alimentado com o maná no deserto e hoje o povo de Deus é alimentado com o próprio Corpo de Cristo. Durante a missa, o celebrante consagra duas hóstias grandes, sendo uma consumida e a outra apresentada aos fiéis para adoração de Cristo vivo no coração de sua Igreja.

NOVA FRIBURGO

Há mais ou menos 100 anos, os padres do Colégio Anchieta, seguindo uma tradição jesuíta, passaram a confeccionar tapetes no campo de futebol do colégio, tornando Nova Friburgo a primeira cidade no Estado do Rio de Janeiro e, uma das primeiras do Brasil, a confeccionar tapetes nesta data.

Em 1969, Dom Clemente, então bispo da Diocese de Nova Friburgo, iniciou uma procissão que saía do Colégio Anchieta em direção à Catedral São João Batista, passando pela Rua General Osório e Praça do Suspiro, cujos moradores passaram a confeccionar os tapetes.

Em 1974, a procissão foi transferida para a Paróquia São Bento Abade, em direção à Catedral, fazendo o trajeto que persiste até os dias de hoje.

Em 1977, duas senhoras da família Malta, D. Maria e D. Nair, começaram a confeccionar os tapetes, sendo seguidas pelas professoras das redes municipal e estadual, Maria Lucia Jasmin e Eliana Amil Lisboa, que estimularam os colégios nesse trabalho.

Em 1982, as professoras Inês Carestiato e Lúcia Corga, coordenadoras do ensino religioso da rede estadual, tiveram a ideia de levar a confecção dos tapetes a outras comunidades e os tapetes passaram a ser confeccionados na Catedral São João Batista até a Paróquia São Bento, onde é celebrada a missa solene, seguindo-se a procissão até a Catedral São João Batista.

A programação deste ano é:

6h: Início da confecção e exposição dos tapetes

7h: Oração presidida pelo Padre Gelcimar Petinati Celeste

14h: Concentração na Paróquia São Bento Abade

15h: Missa solene presidida por Dom Edney Gouvea Mattoso e procissão

18h: Encerramento

Ao todo serão 56 tapetes coordenados e expostos da seguinte forma: Praça Dermeval Moreira – 80 m de rua: 5 tapetes de 6m = 30m / 3 passarelas de 13m, e 1 de 11m = 50m.

Pastoral Familiar Diocesana – Bento e Sandra

ENS – Denise e Valdinei

Maria do Ramalho

Pastoral da Saúde

Catedral – Catequese – Érika (sem passarela)

Avenida Alberto Braune até o supermercado Extra – 460m de rua: 21 tapetes de 6m = 126m / 19 passarelas de 17m = 323m, e 1 de 11m.

Banda Euterpe - Patrícia

Catedral – Padre Marcos Vinicius

Idem

Idem

Idem

ECC Diocesano – Valtair e Regina

Diálogo – Paulinho e Rita

Colégio Nossa Senhora das Dores – Eveline

Paróquia São Pedro São Paulo – Pedro

Paróquia Sta. Edwiges – Monsenhor Alex

EPC – Serrão

Colégio Mercês – Irmã Coramar / Marcele

Curso de Noivos – Clisley e Carol

Polícia Militar - Henrique

Guarda Municipal – Barbosa

Corpo de Bombeiros

Capela Santa Luzia – Maria Tereza

Cantomusarte – Wilson

Duda e Queixinho

Comunidade Nova Suíça – Papette

Seminário Diocesano – (sem passarela)

Do supermercado Extra até o final da Alberto Braune – 225m de rua: 14 tapetes de 6m = 84m / 12 passarelas de 11m = 132m / 1 passarela de 9m

São Francisco / Catequese - Lúcia

São Francisco / Grupo de Oração – Isabel

Capela São Silvestre - Márcio

São Roque – Grupo Jovem – Raul

São Roque – Caminhada

São Roque – Capela São José – Ângela 31- Comunidade de São Geraldo – Silvane

Oficina Escola de Arte – Marinho

RCC – Ângela

Sta. Terezinha – Fanuel – Cristiano

Idem

Idem – Emaús – Roney –

Capela São Sebastião – Prado – Edson

Paróquia Santo Antonio do Cristo Ressuscitado (Elizabeth, sem passarela)

Moisés Amélio à Paróquia de São Bento – 330m de rua: 16 tapetes de 6m = 96m / 14 passarelas de 16m = 224m / 1 de 10m

Paróquia de São Cristóvão – Jorge

Idem

Idem

Idem

Colégio Modelo – Glória

Paróquia Sant’Ana do Cônego

São Sebastião Chácara – Rosângela

Matriz Imaculada – Wilma

Comunidade Ruy Sanglard – Nilton

Paróquia Nossa Senhora do Rosário – Elizabeth

Colégio Nossa Senhora das Graças – Elba

Pastoral Familiar Nossa Senhora das Graças – Tutimes e Aline

Grupo Jovem Nossa Senhora das Graças – Bruno

Paróquia Nossa Senhora das Graças – Recasados

Catequese São Bento – Márcia

Capela Nossa Senhora Aparecida – Catarcione – Zé (sem passarela)

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