Católicos relembram os últimos passos de Jesus na abertura da Semana Santa

Bispo promove a tradicional bênção dos ramos e procissão no centro da cidade
terça-feira, 03 de abril de 2012
por Henrique Amorim
Católicos relembram os últimos passos de Jesus na abertura da Semana Santa
Católicos relembram os últimos passos de Jesus na abertura da Semana Santa

Inúmeros fiéis católicos participaram na manhã do último domingo, 1º, da Bênção dos Ramos, no coreto da Praça Getúlio Vargas, presidida pelo bispo da Diocese de Nova Friburgo, Dom Edney Gouvêa Mattoso. A cerimônia religiosa de abertura da Semana Santa relembrou mais uma vez a entrada de Jesus Cristo em Jerusalém antes de sua condenação, crucificação, morte e ressurreição. Logo após a bênção, os fiéis seguiram em procissão até a Catedral São João Batista, onde participaram do rito da paixão de Cristo na missa do Domingo de Ramos, uma celebração de pouco mais de duas horas e meia de duração, concelebrada pelo monsenhor Jorge Eduardo Coimbra do Almo, reitor do seminário diocesano, e pelo padre Marcus Vinícius de Macedo. Na oportunidade, Dom Edney lembrou o real significado da Semana Santa para a comunidade católica.

“Devemos não só agora agradecer a Cristo por ele ter dado seu próprio sangue por nós. Os ramos sempre representados nas mãos dos mártires são um convite para que nós perseveremos sempre na fé. O mesmo povo que saudou Jesus em Jerusalém com os ramos foi o mesmo que o condenou clamando em coro: ‘Crucifica-o’. E nós? Encarnamos hoje quais personagens dessa história? Os que defenderam ou os que traíram Jesus com suas atitudes?”, inquiriu o bispo, lembrando que os motivos que levaram Jesus à morte na cruz ainda perduram até hoje, através de sentimentos que a humanidade cultiva em seus corações. “Hoje matamos Jesus através da inveja, da agressividade, da corrupção e tantas outras condutas erradas”, observou Dom Edney.

Ainda durante a celebração de abertura da Semana Santa o bispo foi incisivo ao criticar a discussão sobre a possibilidade de aprovação de lei nacional vedando a afixação de crucifixos em ambientes públicos, como escolas e repartições. “A cruz é para os católicos o exemplo maior da salvação. A origem do Brasil é religiosa. Tanto é que o primeiro nome desse país foi Terra de Santa Cruz. A simbologia da cruz deve ser o nosso distintivo e o povo tem que reagir. Não podemos negar a nossa origem cristã. Tirar os crucifixos por força de lei é uma intenção que surge agora porque a mensagem que Jesus Cristo nos deixou incomoda a muita gente. Como pode magistrados se reunir para discutir tamanho absurdo?”, questionou Dom Edney, sugerindo que os católicos de Nova Friburgo saiam na frente com a difusão de adesivos com crucifixos que deverão ser afixados em toda e qualquer parte exemplificando a fé católica e se possível com a inscrição “Brasil—Terra de Santa Cruz”.

A doméstica Adriane de Alencar assistiu a toda a missa na Catedral e emocionou-se com o relato da paixão de Cristo. “Essa semana serve para fazermos um real exame de consciência. Quantas coisas erradas vemos hoje no mundo”, disse ela, que pretende participar das demais celebrações da semana mais importante para os católicos na Catedral: a meditação da paixão, hoje, 3; a procissão do encontro, amanhã, 4; a missa da santa ceia com a celebração do lava-pés, na quinta-feira, 5; a vigília e a procissão do senhor morto, na sexta-feira, 6; a bênção do fogo no sábado de aleluia, 7, e a missa de Páscoa, celebrando a ressurreição, no próximo domingo, 8. Todas as demais paróquias da Diocese de Nova Friburgo realizam essa semana as mesmas atividades.

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TAGS: Semana Santa | Páscoa | religião | Dom Edney Gouvêa Mattoso
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