José Duarte
Um misto de solidariedade, tristeza e gratidão ao monsenhor Antonio Stael de Souza, em sua despedida da Catedral São João Batista, na missa por ele presidida, na noite da última quinta-feira, 24, na presença de centenas de católicos. A missa foi concelebrada pelos padres Gelcimar Petinati Celeste (Paróquia Nossa Senhora das Graças), Sergio Vitorino da Silva (Paróquia São Pedro e São Paulo) e Marcus Vinícius Brito de Macedo (que substituirá monsenhor Stael na catedral), e o diácono permanente João Luiz de Moraes.
Depois de pouco mais de seis anos à frente da catedral e acumulando a função de vigário geral da Diocese de Nova Friburgo, monsenhor Stael foi transferido para a Paróquia São José de Leonissa, em Itaocara, onde tomará pose no próximo dia 9 de abril.
A presença de representantes de todas as pastorais da catedral, seminaristas, padres, povo e imprensa contribuiu para que o ato religioso fosse um momento de emoção, sendo observadas várias pessoas às lágrimas, relembrando os momentos que conviveram com monsenhor Stael. Após a comunhão, diversos representantes subiram ao altar para agradecer monsenhor Stael com mensagens de carinho, presentes e afetuosos abraços.
A liturgia do dia abordou a solidariedade e a gratidão, atitude fundamental na vida do cristão, pois os textos escolhidos — Jeremias 17, salmo01, São Lucas 16, 19 - 31 — levaram à reflexão de que são felizes os que não se deixam levar somente por propósitos humanos, mas depositam sua confiança em Deus.
Na homilia, monsenhor Stael destacou: “A fé não engana. Somos peregrinos que passamos e, às vezes, passamos muito depressa. Cristo, ao voltar ao Pai, disse ‘não vos deixarei órfãos’. Deus tem predileção pelos excluídos. O Evangelho proclama a lei do perdão, e não da condenação, por isso temos que reconhecer o irmão e a irmã em cada homem e cada mulher. Jesus Cristo chama atenção para o perigo da riqueza, que cria resistência à lei de Deus”.
Antes de encerrar a missa, monsenhor Stael agradeceu a todas as manifestações de carinho, lembrando as pessoas que o ajudaram na trajetória em Nova Friburgo, os padres que o ajudaram, religiosas, seminaristas, coordenadores de pastorais, integrantes de conselhos e movimentos religiosos e imprensa. “Não posso lembrar todos os nomes, porque farei injustiça, são muitas as pessoas que estiveram comigo nesse período. Fiquei dois anos aqui sem padres e por isso quero agradecer aos padres que naquele momento me ajudaram, mas não posso deixar de citar padre João Tadeu, Marcelo Piler, Sergio, Wilton, Paiva, Salomão, e tantos outros. Inicialmente eu ia para Laranjais, depois mudou e d. Edney me apresentou à paróquia de Itaocara. Eu disse, quando fui ordenado, que nunca ia pedir ao bispo para não me mandar a lugar nenhum, sempre disse que estou pronto, e com isso fiquei 6 anos em Laranjais, 14 em Cantagalo e 6 aqui. Peguei a catedral com R$ 135 em caixa e estou deixando com mais de R$ 800 mil, para o meu sucessor fazer as obras que a igreja necessita. O que fiz aqui na igreja, como na casa paroquial, tem um pouco de cada um de vocês, por isso quero agradecer a todos”, finalizou monsenhor Stael.
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