Balanço divulgado na terça-feira, 18, pelo Ministério da Saúde revela que o número de casos de dengue teve queda de 80% na comparação do primeiro bimestre deste ano com o mesmo período do ano passado. Segundo os dados, foram registradas 87 mil notificações entre janeiro e fevereiro de 2014, contra 427 mil no mesmo período de 2013. A queda também foi observada em relação às ocorrências graves (84%) e óbitos (95%). Apesar da redução expressiva, o Ministério da Saúde ressalta a importância de manter-se o alerta e a necessidade de dar continuidade às ações preventivas.
Todas as regiões do país reduziram o número de casos no primeiro bimestre de 2014. A região Sudeste obteve a maior redução — passou de 232,5 mil notificações em 2013 para 36,9 mil este ano. Em segundo lugar está o Centro-Oeste, que passou de 122,8 mil (2013) registros para 28,2 mil (2014); seguido do Nordeste, que teve queda de 29,6 mil (2013) para 7,9 mil (2014); Norte, de 22,3 mil (2013) para 6,9 mil (2014) e Sul, de 20,3 mil (2013) para 6,9 mil (2014).
Desde janeiro, o Ministério da Saúde veicula campanha nacional de combate à dengue com a participação do jogador Cafu, capitão da seleção pentacampeã do mundo de futebol, alertando para importância de se eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypt. Com o slogan "Não dê tempo para a Dengue”, as peças são veiculadas em TVs, rádio, internet, redes sociais e mídias impressa e exterior. O objetivo é mostrar que a prevenção leva pouco tempo, mas o suficiente para proteger familiares e vizinhos.
Além do reforço na orientação à população, o Ministério da Saúde adquiriu 100 toneladas de larvicida, 227 mil litros de adulticida e 10,4 mil kits para diagnóstico, que estão sendo enviados aos municípios. Os profissionais estão recebendo guias de classificação de risco e tratamento, além de capacitações por meio da Universidade Aberta do SUS (UnaSUS).
Cuidados com a automedicação e a proliferação do mosquito
O Ministério da Saúde orienta que, para diminuir a proliferação do mosquito, é importante que a população verifique o adequado armazenamento de água, o acondicionamento do lixo e a eliminação de todos os recipientes sem uso que possam acumular água e virar criadouros do mosquito. Além disso, é essencial cobrar o mesmo cuidado do gestor local com os ambientes públicos, como o recolhimento regular de lixo nas vias, a limpeza de terrenos baldios, praças, cemitérios e borracharias.
Vale destacar que aos primeiros sintomas da dengue — febre, dor de cabeça e dores nas articulações e no fundo dos olhos —, a recomendação do Ministério da Saúde é procurar o serviço de saúde mais próximo e não se automedicar. Quem usa remédio por conta própria pode mascarar sintomas e, com isso, dificultar o diagnóstico.
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