Caso Laryssa: um mês sem resposta

Manifestantes se reuniram — já pela terceira vez — em frente à Prefeitura Municipal de Nova Friburgo para protestar pela morte de Laryssa Svoboda, que faleceu aos 16 anos após o parto realizado no dia 16 de dezembro, por motivos que ainda não foram esclarecidos à família. Na ocasião, o grupo também protestou pelo jovem Walison Pinheiro da Costa, que morreu no Hospital Municipal Raul Sertã enquanto  aguardava uma transfusão de sangue.

Parentes e amigos de Laryssa estão tentando obter a resposta através de protestos. O primeiro ocorreu no dia 18 de dezembro — dois dias após o falecimento — e outro no dia 29, enquanto a mãe da menina, Rosemary Svoboda, estava em audiência com o secretário de Saúde Luiz Fernando Azevedo. Na tarde da última sexta-feira, 16, mais um protesto foi feito, para, segundo a mãe da adolescente, "lembrar do caso que está completando um mês e mostrar que nós não vamos desistir de lutar para que a saúde seja melhorada em Nova Friburgo”. Ainda sobre isso, ela acrescentou: "Eu nunca mais vou ver a minha filha, mas não quero que esse tipo de situação volte a se repetir”.

Rosemary conta que, no último dia 5, uma reunião foi marcada com o secretário de Saúde, mas ela não foi recebida. "Eles marcaram de conversar comigo nesse dia às 19h. Além de mim, outras pessoas interessadas foram até a reunião, mas o secretário não apareceu e nem deu nenhuma satisfação”. Apesar da manifestação de ontem, uma nova tentativa de conversar com a mãe de Laryssa não foi marcada. Sobre essa questão, a moradora da Chácara do Paraíso comentou: "Nem se eles me chamarem agora eu vou, o que eles fizeram naquele dia foi um grande desrespeito a mim e aos que estavam lá”.

Apesar de todos os problemas e recordações ruins do Hospital Maternidade de Nova Friburgo, Rosemary continua frequentando o local em busca de fazer justiça. "Eu estou indo sempre a maternidade para ajudar outras mães que estão com filhos recém-nascidos, e agora eu sou bem recebida lá. Precisou que minha filha morresse para que aquelas pessoas me tratassem como gente”.

Sobre seu neto, que nasceu no dia 26 de novembro, Rosemary comentou que ele passa bem e que nada de ruim aconteceu com ele após o parto: "O meu netinho está bem, mas ninguém me procurou para saber se ele estava passando por necessidades desde que aconteceu tudo isso com a minha filha. Sempre vêm me dizer que estão à minha disposição e da minha família, mas não me ajudam em nada. O único auxílio que recebo vem da minha família, que é muito unida” .