Exatamente um mês após a morte da jovem Camila de Castro, 23 anos, o caso que chocou a cidade teve um novo desdobramento, mas a principal dúvida continua. Qual foi a causa da morte? O Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), no Rio de Janeiro, já teria liberado para a Justiça o laudo da necropsia feita no corpo da jovem, mas como a investigação segue em segredo, nenhuma informação pode ser divulgada.
Na segunda-feira, 22, a Polícia Civil encaminhou o inquérito do caso à Promotoria de Investigação Penal do Ministério Público Estadual em Nova Friburgo. O órgão anunciou ontem, 23, através de sua assessoria de imprensa, que, após avaliá-lo, o devolverá para a 151ªDP, que por sua vez terá mais um mês para prosseguir as investigações promovendo diligências. Ao concluí-las, a Polícia Civil deverá encaminhá-las à Justiça.
Camila foi socorrida por bombeiros às 5h30 do dia 24 de agosto, um domingo, após deixar uma casa noturna. Ela foi encontrada caída na pista de rolamento da Praça Getúlio Vargas, na faixa da direita, em frente a uma churrascaria. Ao removê-la para uma ambulância do Corpo de Bombeiros, os socorristas observaram que a jovem tinha um forte sangramento na região genital, o que, inicialmente, levantou a hipótese de ela ter sido vítima de violência sexual. Camila, no entanto, estava vestida com uma calça comprida e não apresentava demais hematomas no corpo. A vítima morreu no Hospital Municipal Raul Sertã.
A polícia, entretanto, ao iniciar as investigações, trabalhou com a hipótese de atropelamento. Um motorista de ônibus da linha urbana Centro-Cascatinha acionou a PM ao passar pelo local, pois teria se deparado com Camila cambaleando pela praça, próximo ao meio-fio. Ele foi ouvido na 151ªDP, mas seu depoimento não teve o conteúdo revelado.
Segundo a polícia, ele, ao passar dirigindo pelo local e observar o retrovisor direito, não avistando mais Camila, parou o ônibus e constatou que a jovem estava caída na pista. Os bombeiros foram chamados pela PM para socorrer Camila e o motorista liberado.
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