A Casa dos Pobres São Vicente de Paulo está comemorando um ano de sua biblioteca, que tem o nome de Santa Luíza de Marilac, contemporânea de São Vicente de Paulo e fundadora da Congregação das Filhas da Caridade, em 1633. Inaugurado em 29 de maio do ano passado, o espaço serve aos internos e funcionários da instituição, seus familiares, alunos de toda a cidade e a comunidade em geral. Esse cantinho sossegado e acolhedor da Casa dos Pobres tem na coordenação a assistente social Sônia Vasques e conta com apoio de voluntários. Aliás, os voluntários é que permitiram a abertura da biblioteca, doando os livros, organizando e, atualmente, participando das atividades ali desenvolvidas, como rodas de leituras, contação de histórias, cadastramento de leitores e empréstimos.
De acordo com Sônia, a biblioteca é um sonho que se tornou realidade na Casa dos Pobres, fruto de muito esforço e ajuda de tantas pessoas. Nesse primeiro ano de funcionamento houve empréstimos de livros e visitas de alunos de diversos colégios (inclusive alunos do Colégio Municipal Odette Penna Muniz, próximo da instituição, que ajudaram a organizar a biblioteca). Aliás, este sempre foi um dos objetivos, a abertura da biblioteca para a comunidade, aproximando ainda mais a Casa dos Pobres da população.
Para utilizar esse novo espaço cultural as pessoas interessadas devem agendar a visita. Funciona de segunda a quinta-feira, no horário das 14h às 17h. Pela manhã o espaço está reservado aos internos, para círculos de leitura e reflexão, com acompanhamento de profissionais de assistência social, psicologia, terapia ocupacional, fisioterapia, educação e as próprias irmãs de caridade, além de uma trovadora. Por falar nisso, foram descobertos na Casa dos Pobres dois trovadores e um poeta, através do trabalho dos círculos com os internos. E a criação de trovas está sendo incentivada entre eles.
VOLUNTÁRIOS – Devido a trabalhos assim é que os voluntários são sempre bem vindos à Casa dos Pobres. São cerca de cem, que exercem as mais variadas atividades na instituição. Se bem que na biblioteca ainda são poucos. E continuam sendo esperados, tanto para atender à comunidade interna, quanto os visitantes.
A Biblioteca Santa Luíza de Marilac é, afinal, mais um espaço de leitura, empréstimos de livros, estudos, pesquisas e cultura na cidade. O acervo é bom e o serviço prestado é totalmente gratuito, até como retribuição a tantas pessoas que doaram os livros. E as doações continuam sendo bem vindas.
A verdade é que o movimento na biblioteca da Casa dos Pobres está aumentado aos poucos e Sônia prevê que cresça ainda mais, inclusive para alunos das escolas da cidade. O espaço não chega a ser pequeno, mas também não é tão grande, mas a casa tem outros lugares muito convidativos a leituras e estudos.
O aspecto religioso
A diretora da Casa dos Pobres, irmã Zenóbia Gonçalves Torres, acrescenta que o trabalho da Biblioteca Santa Luíza de Marilac também ajuda bastante na questão da espiritualidade, um valor que considera importante na vida de cada um. É uma fonte de paz, de tranquilidde, de conhecimento e de se sintonizar com Deus, que nos ensina a valorizar a vida. A questão da valorização da vida é reforçada através da leitura, como a história da criação e do desenvolvimento do mundo, a teoria da evolução, tendo sempre em mente que Deus é que cria e conduz tudo, inclusive a vida de todos nós. E a biblioteca tem sido importante como fonte de sustentação da vida em plenitude.
A biblioteca da Casa dos Pobres, uma instituição católica, está aberta a todas as pessoas sem nenhuma discriminação, inclusive de todos os demais credos. “Qualquer pessoa será bem vinda e isso é muito importante, essa comunhão de vida, de conhecimento, de crenças. É uma biblioteca ecumênica”, garante.
Vale repetir o lembrete: não esquecer de agendar a visita, o que pode ser feito pelos telefones 2522-1338 e 2522-4646. A Casa dos Pobres São Vicente de Paulo fica na Rua General Osório 377, Centro.
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