Cem milhões de imbecis + 1
Paulo, essa carta vai pela Christina (como sempre faço porque chega mais depressa). Alguns caras tipo ‘Arnaudo Javô’ (espero que ele se vá de vez e ele nunca vai, só ameaça) e o ‘Nelçu Moita’ (só se coloca depois de todo mundo, ou seja trabalha na idéia dos outros) fazem-nos crer (segundo eles) que os cem milhões de leitores seus ( ô Paulo, falo com você, acorda) são imbecis. Incluo-me entre estes. Portanto tens outra cifra recorde no mundo: cem milhões de imbecis - seus leitores, mais eu ! Mais um. E os sabidinhos semiuniversitários (mais otários que universitas) escrevem coisas chatas sobre seus livros (com muita inveja, lógico) porque você simplesmente escreve o que todos entendem. Acabei de ler o ALEPH, gostei. Viajei com você pela Transiberiana (mesmo com a chatinha da Hilal torrando o seu e o nosso saco). O papel do seu livro realmente facilita a leitura, não tem brilho. O brilho fica por conta de sua narrativa que nos leva a não querer parar de ler o livro: não cansa. Ah! não posso esquecer. Quem vai ficar com mais inveja de você ainda é o sujeito mais vaidoso do mundo: o Fernando Henrique. Adora falar aonde foi, quantos títulos de ‘dotô-honoris-calças’ tem, onde deu aulas etc. Mas, Paulo, você machucou o homem, cara! O Putin quis te conhecer na Rússia na casa de campo? Não deixa FHC saber disso, não, senão na próxima Flip de Paraty ele vai querer apresentar o ALEPH II, a sua mais nova cópia! Direitos autorais com ele nem pensar, Paulo, só se forem para estrangeiros, porque pra eles (os gringos) o Fernando adora facilitar tudo. Não facilitou a BR e o Banco do Brasil foi porque não deu tempo, sabe, Paulo. Só digo isso porque você fica muito tempo fora e eu tenho que contar as coisas da terrinha. Vou voltar pra dormir, como o Jô Soares e o Caetano também, porque são seis da manhã e eu estava lendo como um justo imbecil mais um sucesso do Paulo Coelho. Tchau, Paulo, beijo na Christina. Quem sabe se um dia tomamos uns ‘chopis’ num desses Alephs da vida. Em Búzios tem um. Com peixe frito.
João Carlos Moura
Editor do
www.respublicabrasil.com
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