Carlos Drummond de Andrade faria 117 anos nesta quinta

Considerado um dos maiores poetas do Brasil, ele estudou no Colégio Anchieta 
quinta-feira, 31 de outubro de 2019
por Jornal A Voz da Serra
Carlos Drummond de Andrade faria 117 anos nesta quinta

Carlos Drummond de Andrade foi poeta, contista e cronista da segunda geração do movimento Modernista. Mineiro, de Itabira do Mato Dentro, considerado um dos maiores poetas brasileiros, Drummond nasceu em 31 de outubro de 1902, no interior de Minas Gerais. 

Conhecido por seus versos livres, temáticas cotidianas e liberdade linguística, ele foi o primeiro grande poeta a se afirmar depois das estreias modernistas, percursor da chamada poesia dos anos 1930, com a publicação da obra “Alguma Poesia”. 

A paixão pelas palavras e literatura estava presente na vida de Carlos Drummond, desde pequeno. Aos 14 anos, em 1916, ele ingressou no Colégio Arnaldo, em Belo Horizonte. Dois anos depois, 1918,  Drummond veio estudar no Colégio Anchieta, em Nova Friburgo, onde foi premiado em “Certames Literários” (Concurso Literário).

A passagem por Friburgo foi curta, durou somente um ano, já que o poeta saiu do colégio em 1919. Ao retornar para Belo Horizonte, começou a publicar seus primeiros trabalhos no Diário de Minas, a partir de 1921. Muitos não sabem, mas Drummond se formou em farmácia pela Universidade Federal de Minas Gerais, apesar de nunca ter atuado na área. 

Junto a Emílio Moura e outros companheiros, divulgou o modernismo no Brasil. A memória de Drummond permanece viva e com razão. Publicou diversas obras, entre poesias, prosas, crônicas e literatura infantil, além de realizar diversas traduções. Sua vasta obra é muitas vezes marcada por elementos da sua terra natal e situações pessoais. 

Cultuado em enredos de escola de samba, homenageado nas cidades de Porto Alegre (RS) com a estátua “Dois Poetas”, e no Rio de Janeiro, na praia de Copacabana, com a estátua conhecida como “O Pensador”, Drummond é inesquecível.

Foi casado e teve dois filhos, Carlos Flávio, que viveu apenas meia hora (a quem ele homenageia no poema “O que viveu meia hora”) e Maria Julieta Drummond de Andrade, a filha e companheira por longos anos. Durante a maior parte da vida, o poeta foi funcionário público, embora tenha começado a escrever cedo e continuado até seu falecimento, no dia 17 de agosto de 1987, no Rio de Janeiro. 

Drummond morreu com 85 anos, apenas doze dias após a morte da filha, a também cronista Maria Julieta Drummond de Andrade, mãe de seus netos Luís Maurício, Carlos Manuel e Pedro Augusto Graña Drummond.

(Reportagem da estagiária Vitória Nogueira sob supervisão de Ana Borges)

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