Existem estudos para tudo que pode ser pesquisado. Alguns chegam a ser bem inusitados, como uma indagação que foi feita num dos quadros do programa do Faustão, na TV Globo: “Qual a percentagem de pessoas que já caíram da cama?”. Trabalhando na internet encontrei uma pesquisa que me parece das mais interessantes: quais as sobremesas mais caras em todo o mundo? No Brasil, creio eu, dificilmente alguma delas será pedida após o almoço, mesmo nos nossos restaurantes mais sofisticados. E para o povão, goiabada com queijo minas é suficiente. A maioria dos preços apresentados está em dólares. Vamos fazer a conversão para reais em 1,60, que é mais ou menos o que vem acontecendo atualmente com a moeda americana em baixa.
A primeira é um sunday, conhecida como Golden Opulence. Ela é oferecida no Serendipity, restaurante de Nova York. A versão milionária – pasmem! – custa US$ 1.000 (cerca de R$ 1.600). Ela é constituída de uma bola de sorvete de baunilha natural do Taiti com infusão de baunilha de Madagascar e uma fina folha de ouro. É servida com duas colheres, uma de ouro para o sorvete e outra de madrepérola para o caviar dessalgado.
A segunda é o Brownie Extraordinaire. Esta sai por US$ 1.100 (cerca de R$ 1.760) no restaurante Brûlée, em Atlantic City (terra de gente de muita grana). Tem recheio de avelãs e vem acompanhada de um pulverizador de cristal, presente para os que têm coragem e posses para pedir essa sobremesa. Dentro dela, vinho do Porto Quinta do Noval 96.
A terceira foi batizada como The Fortress Aquamarine e não são poucos os milionários que a solicitam, embora ela custe a fortuna de US$ 14.500! (acreditem, R$ 23.200!). É a campeã e servida no restaurante do hotel The Fortres, Galle, Sri Lanka. Foi inspirada no Dry Martini, que, no lugar da azeitona, traz uma pedra preciosa (tem que ter cuidado para não engolir ou quebrar o dente), uma água-marinha de 80 quilates que vem numa engenhoca de chocolate que reproduz um sistema de pesca com alavanca, muito usado naquele país. Apesar do elevado preço, a sobremesa é das mais simples: cassata com irish cream e compota de manga e romã. Se tem alguém que pede esse prato? Fiquem sabendo que ela é muito popular entre os ricaços de Sri Lanka.
A quarta foi criada pelo famoso Pierre Hermé e é chamada de Entre, mix de tomate, mascarpone, azeitona e mais 20 ingredientes, incluindo ambiergris, uma essência usada na perfumaria francesa. Preço: US$ 176 cada (cerca de R$ 281,60). Bem baratinha, se comparada com as outras.
A quinta é a Dome’s Truffle, do restaurante Mezzaluna, de Bangkok. Consta de trufas do Perigord com camadas de chocolate Manjar, folhas de ouro e compota de frutas no conhaque Moet très Vielle Grande Champagne. Custa US$ 200 (cerca de R$ 320) e são servidas perto de dez por semana.
A sexta é a Sultan’s Golden cake e foi preparada sob encomenda de um sultão. É servida no restaurante do Hotel Ciragan Palace, em Kempinski, Istambul. O freguês só tem que ter muita paciência, pois ela leva 72 horas para ser preparada e tem a forma de um tijolo, que é de ouro. É recheada com damasco, peras e figos que foram marinados em um rum da Jamaica por dois anos. É aromatizada com raspas de trufas negras caramelizadas e folhas de ouro. Para comê-la o freguês tem que desembolsar US$ 900 (cerca de R$ 1.440).
A sétima é a Madeleine truffle, norueguesa. Formada pelo chocolate knipschildt, 70% de chocolate Valhrona, creme fresco em infusão por 24 horas. Preço: US$ 250 cada porção (cerca de R$ 400). A oitava sobremesa é bem mais acessível, embora também produzida com Vairhona, folhas de ouro e frutinhas vermelhas. Custa 48 euros (façam a conversão,por favor) e é servida no restaurante Al Mahara, em Dubai.
Finalmente, a nona sobremesa mais cara do mundo é a Waterside inn, servida num restaurante em Bray, Inglaterra, junto ao Tâmisa, vizinho do famoso The Fat Duck. Custa 48 libras (façam a conversão para reais, por favor). A comida servida no restaurante é uma das melhores do país e poucos gastam suas libras em sobremesa.
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