Este é um trabalho dedicado especialmente aos mais idosos, aqueles que acompanharam os primeiros tempos da propaganda em nosso país. Daquele passado para hoje, graças às novas técnicas de divulgação, nada mais existe. Hoje os anúncios são todos comandados pelo computador e, quando – como na televisão – são “ao vivo”, produzidos em modernos estúdios, podendo ser montados quantas vezes for necessário, até que estejam ao gosto da empresa de publicidade e que atendam ao desejo do cliente.
Só para os leitores mais jovens, publicamos algumas das propagandas de antanho, para que eles tenham idéia de como eram essas peças, preparadas por excelentes artistas gráficos, já que na maior parte tudo nelas era feito à mão. Com a evolução técnica dessa atividade, muitos e ótimos profissionais foram jogados pra escanteio, inclusive os “letristas”, encarregados de desenhar os slogans das peças.
Quando a televisão foi inaugurada no Brasil em São Paulo, em 1950, de forma atabalhoada pelo jornalista Assis Chateaubriand, tudo era ao vivo e, por causa disso, não raramente aconteciam os mais hilariantes micos. Logo a seguir ela foi lançada no Rio de Janeiro e surgiram as “garotas propaganda”, encarregadas de divulgar os produtos anunciados. A primeira e mais famosa – que ainda está bem viva – foi Neyde Aparecida, da qual os mais velhos devem recordar o seu “TO-NE-LUX” ! De certa feita, ela devia anunciar uma nova geladeira e o texto publicitário alardeava a facilidade de abri-la. Só que Neyde tentou várias vezes e a geladeira não abriu. Total vexame!
Mas como o intuito deste trabalho é apenas divulgar alguns anúncios daqueles idos, vamos a eles. Um dos mais conhecidos era o do Mate Leão, que dizia já vir queimado e podia ser usado abusivamente; a Coca-Cola apresentava no Natal a figura de Papai Noel (da forma em que ela o criou) e garantia “isto faz um bem...”; já o refrigerante Grapette afirmava que “quem bebe Grapette repete”; a General Electric apresentava em seus anúncios uma dezena de novos e mais modernos produtos; e para os que se sentiam fracos e sem ânimo para trabalhar, havia o Biotônico Fontoura, que melhorava o sangue, músculos e nervos; para as mulheres, nada melhor do que um casal de namorados anunciando o perfume dos produtos Cashmere Bouquet; e com o advento da indústria automobilística no Brasil, um pequeno carro afirmava que o “Volkswagen vencia tranqüilamente qualquer serra”.
São apenas algumas curiosidades, talvez de pouco interesse, mas que marcaram uma época vitoriosa da publicidade em nosso país.
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