Cantagalo adere ao movimento da Aemerj de paralisação dos serviços públicos dia 28

Por um dia, prefeituras do estado vão deixar de funcionar para chamar a atenção do governo federal para a grave situação dos municípios
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
por Ascom—Prefeitura de Cantagalo

A Prefeitura de Cantagalo aderiu ao movimento organizado pela Associação Estadual de Municípios do Rio de Janeiro (Aemerj), que está determinando a paralisação dos serviços públicos municipais não essenciais do estado do Rio de Janeiro no próximo dia 28 de setembro. A medida é uma forma de protestar contra o que a entidade chama de “estrangulamento econômico a que os municípios estão sendo submetidos”.

Na última terça-feira, 15, o prefeito Saulo Gouvea assinou Decreto n º 2.962/15 de adesão ao movimento, destacando que a paralisação de um dia é uma forma de chamar a atenção para a redução significativa e não programada dos repasses de recursos de origem federal.

Para a Aemerj, a redução significativa de repasses federais aos municípios é consequência de “equivocadas medidas econômicas e de gestão do governo federal”, o que tem levado as prefeituras à inviabilidade de manter a qualidade dos serviços prestados, situação agravado com a falta de perspectivas para os próximos meses e até anos. 

"Já adotamos as medidas de cortes pontuais e sistemáticos que poderíamos ter adotado. Cada prefeitura já está fazendo o dever de casa há tempos. Mas só isso não está resolvendo o problema, uma vez que a queda de arrecadação tem sido mesmo brutal", afirma parte de um manifesto distribuído às prefeituras para conhecimento da população e que vem assinado pelo presidente da Aemerj, Anderson Zanon, prefeito do município de Sapucaia.

Em Cantagalo, também indignado com a situação precária enfrentada pela Prefeitura por conta da crise que se instalou no país, o prefeito Saulo Gouvea, além de aderir ao movimento com a assinatura do decreto, distribuiu o manifesto enviado pela Aemerj no comércio e em outros pontos estratégicos da cidade, uma forma de também avisar à população não só da paralisação dos serviços no dia 28, mas da situação crítica enfrentada por todos os municípios.

"Não queremos que faltem remédios, exames ou cirurgias, nem merenda escolar de qualidade; não queremos deixar de limpar as ruas nem de conservar estradas; não queremos deixar de pagar os salários de nossos servidores. Porém, se o Governo Federal não se atentar já para a necessidade de ajudar os municípios urgentemente, tudo isso corre sério, real e iminente risco de acontecer", encerra o texto do manifesto.

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