Candidatos ao governo do estado respondem as perguntas sobre turismo e prioridades para a Região Serrana

domingo, 28 de setembro de 2014
por Jornal A Voz da Serra
Candidatos ao governo do estado respondem as perguntas sobre turismo e prioridades para a Região Serrana
Candidatos ao governo do estado respondem as perguntas sobre turismo e prioridades para a Região Serrana

Com o objetivo de oferecer o máximo de informações a seus leitores, A VOZ DA SERRA convidou os cinco candidatos ao governo do estado mais bem ranqueados nas pesquisas de intenção de voto a responderem seis perguntas relacionadas a Nova Friburgo e a Região Serrana. Nesta última etapa, os candidatos explicam como pretendem estimular o turismo no interior do estado e expõem suas prioridades para a Região Serrana.Com o objetivo de oferecer o máximo de informações a seus leitores, A VOZ DA SERRA convidou os cinco candidatos ao governo do Estado mais bem ranqueados nas pesquisas de intenção de voto a responderem seis perguntas relacionadas a Nova Friburgo e a Região Serrana. Nesta segunda etapa os candidatos respondem questionamentos sobre Segurança e Educação.

Turismo -  A cidade do Rio de Janeiro é o maior cartão-postal do Brasil, e ao longo do próximo mandato essa tendência deve se acentuar ainda mais, em virtude da realização dos jogos olímpicos. O interior do Estado, no entanto, raramente beneficia-se deste grande fluxo de visitantes. O Sr. tem alguma proposta voltada a ampliar o alcance turístico do Estado, tratando especificamente da Região Serrana?

Crivella

Temos sim. Nossa ideia é internalizar o turismo fluminense em suas diferentes modalidades, de praia, de montanha, histórico. Nossa primeira providência na área será fazer um catálogo turístico do Rio de Janeiro para orientar os visitantes. Isso será fundamental para o pleno aproveitamento das potencialidades turísticas que serão geradas com os Jogos Olímpicos. Claro, para que isso funcione será necessária uma forte articulação com as prefeituras municipais, incluindo naturalmente a de Nova Friburgo.

Pezão

Uma das formas de incentivar o turismo e levar um maior número de visitantes ao interior é investir na vocação de cada região, estimulando a cultura local, os eventos que já são produzidos em cada localidade e que valorizam suas tradições.  A diversidade cultural do Estado do Rio de Janeiro é um de seus maiores patrimônios. Por isso, uma das iniciativas a que temos dedicado grande empenho e que vamos avançar ainda mais será o Mapa da Cultura do Estado do Rio de Janeiro. Um registro da diversidade e da riqueza da cultura fluminense, seus espaços culturais, agendas de festas, feiras e festivais, projetos comunitários, englobando o patrimônio material e imaterial dos municípios. Com esse mapeamento, temos um norte, uma direção, sabemos onde e em que investir para potencializar ainda mais a economia e o turismo. Com um calendário de eventos e de festividades. Isso já vem acontecendo e a TurisRio é o órgão que vai nos ajudar, como fez logo depois das enchentes de 2012. Em paralelo, temos que investir também na infraestrutura para dar as condições que as cidades precisam para receber os visitantes, com estradas, rede hoteleira, além de segurança e formação da mão de obra local. O turismo só avança com um conjunto de investimentos interligados, e é isso que fazemos para alavancar nos municípios suas vocações.

Garotinho

Sem dúvida, o estado Rio de Janeiro, graças à sua capital, é o principal portão de entrada de turistas estrangeiros no país. Para incrementar a visitação turística no interior é preciso um trabalho árduo do governo do estado, como por exemplo, a promoção mundial das regiões turísticas, a realização de parcerias com prefeituras estrangeiras e a revitalização dos aeroportos. Aliás, este último item consta do nosso plano de governo. Nossa meta é modernizar os aeroportos regionais já existentes como Paraty, Macaé, Cabo Frio, Resende, Campos do Goytacazes, Itaperuna e Volta Redonda. Vamos investir também na ampliação e melhoria da malha no interior. Lembrando que entre 1999 e 2006, asfaltamos 1,2 mil km de estradas, tornando o estado do Rio, em 2006, proporcionalmente, o que tinha a melhor malha viária do país em relação ao tamanho do seu território. E sem a cobrança de pedágio. Na nossa gestão criamos ainda o Bptur (Batalhão de Turismo) e a Deat (Delegacia Especial de Atendimento ao Turista), repartição policial com agentes bilíngues, encarregados única e exclusivamente em atender aos turistas. Vamos então ampliar esses serviços. 

Lindbergh

O turismo é uma atividade estratégica para o desenvolvimento do estado do Rio porque impacta mais de 50 setores produtivos da economia e gera oportunidades para pessoas dos mais diferentes perfis, em todos os níveis de qualificação profissional. O que precisamos é promover o desenvolvimento do turismo nas diversas regiões do Estado, contribuindo para o crescimento e a diversificação da economia e para a redução das desigualdades regionais e a preservação do meio ambiente. É possível ampliar o turismo na Região Serrana investindo no turismo ecológico e de aventura e na área histórico-cultural, que poderão potencializar a economia da região. Além disso, o Plano de Aviação Regional, do Governo Federal, vai ser importante para ajudar a dinamizar o turismo e o desenvolvimento de negócios no interior. Friburgo é uma das nove cidades do Rio de Janeiro com previsão para receber aeroportos regionais.

Tarcísio Motta

O turismo no estado sempre foi direcionado para turistas ricos e restrito aos bairros nobres da capital. Isso precisa mudar. Nós vamos estimular a criação de equipamentos hoteleiros de baixo custo e criar roteiros turísticos e culturais alternativos, integrando e valorizando municípios e bairros históricos que estão fora dos circuitos tradicionais. Mas nosso principal objetivo será realizar investimentos para transformar o estado do Rio no maior polo de ecoturismo da América Latina. Com o seu verde, charme e beleza, a Região Serrana oferece muitas oportunidades para o desenvolvimento do turismo no estado: museus, feiras de artesanato, alta gastronomia, esportes de aventura, parques, montanhas e cachoeiras formam um cenário perfeito. Mas o atual governo apenas tem olhos para a região metropolitana e desperdiça todo o potencial turístico do interior do estado. Falta criatividade e coragem.

Prioridades para a Região Serrana – Nova Friburgo chegará aos 200 anos ao fim do próximo mandato. Sendo bastante específico em relação a projetos e iniciativas concretas, o que o eleitor da Região Serrana pode esperar do seu governo?

Crivella

Pode esperar um esforço muito grande do governo estadual para estimular o desenvolvimento industrial e turístico de Nova Friburgo, potencializando as vocações que existem nessa área, sobretudo ampliando o crédito da Age-Rio e ajudando a formalizar as atividades no vitorioso Arranjo Produtivo Local (APL) da moda íntima. Em parceria com Firjan e Senai, trataremos de ampliar o apoio para a qualificação dos produtos do APL, particularmente no que diz respeito ao aprimoramento do design.

Tendo em vista a tradição do município na produção de peças e equipamentos, deverão ser identificadas demandas que surgirão da exploração do pré-sal pela Petrobras e outras petrolíferas quanto a equipamentos e peças que poderão ser produzidas em Nova Friburgo.

O município possui forte potencialidade turística, atualmente pouco aproveitada. Deverá ser estimulado o turismo de congressos e convenções para atrair empresas do Comperj, de Macaé e do Porto do Açu. Será possível também fazer eventos comuns com outras prefeituras como Cachoeiras de Macacu, Teresópolis e Petrópolis.

O Governo Crivella dará atenção especial à conclusão da construção de casas para as famílias atingidas pela catástrofe de 2011. Ao mesmo tempo, proporá uma lei geral de Emprego Garantido/Trabalho Aplicado como prevenção de desastres climáticos no Estado e mitigação de suas consequências, de forma a assegurar para suas vítimas trabalho garantido mediante pagamento de uma bolsa especial por um período de emergência, sendo que a mão de obra assim reunida deverá ser aplicada em obras de reconstrução de casas e prédios afetados pelo desastre.

Pezão

Nova Friburgo e toda a Região Serrana podem esperar do nosso próximo governo muitos investimentos nas áreas de Infraestrutura, Saúde, Educação e Segurança, principalmente. É preciso intensificar os investimentos na reconstrução das cidades serranas, que sofreram tanto com as chuvas e inundações.  Por isso, vamos construir mais habitações e ampliar o programa de asfaltamento e recuperação de estradas vicinais.

Na Saúde, faremos oito clínicas da família e oito Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs), o Hospital de Oncologia em Nova Friburgo.  Na Educação, vamos implantar mais oito Centros de Vocacionais Tecnológicos (CVTs), além de levar o programa Dupla Escola, com Ensino Médio integral e profissionalizante.  A formação do jovem sempre foi nossa preocupação. Implantamos dois CVTs na região, voltados para a formação de profissionais para as áreas de moda e vestuário e de turismo e hotelaria.

E na Segurança, que tem sido nossa política mãe, eu vou trabalhar duro para levar a paz a todo o estado. Na Região Serrana, teremos Centros de Monitoramento e Vigilância e seis Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Vamos aumentar o efetivo da Polícia Militar para 60 mil PMs, treinados e qualificados para o atender toda a população do estado.

Garotinho

O eleitor da Região Serrana pode esperar um governo que vai defender os interesses do povo, e não dos empresários e poderosos como faz o governo atual. Nosso governo vai dar a mesma atenção para a capital como para o interior. Por exemplo, vamos estadualizar o hospital municipal de Friburgo para garantir um atendimento digno à população local; vamos rescindir contrato com a Concessionária Rota 116, construir a Rodovia do Contorno para resolver o problema do trânsito e acabar com os pedágios; investir pesado contra o tráfico de drogas, prendendo os bandidos e acabando com a migração de criminosos do Rio para a região; retomar o programa das salas de cinema popular (a região contava com salas em Duas Barras, Carmo e Santa Maria Madalena); concluir o programa das delegacias legais iniciado no meu governo; abrir novas unidades de farmácia popular, do governo Rosinha, que vende fraldas e medicamentos a R$ 1; recuperar e investir em novas unidades de cursos técnico-profissionalizantes da Faetec; reduzir o IPVA para motoristas de carros pela metade e passar a vistoria obrigatória para cada dois anos; além de retomar importantes programas sociais: Cheque Cidadão, Leite Saúde, Sopa da Cidadania, Restaurantes Populares, Clínicas para tratamento de dependentes químicos, entre outros. Como diz o meu slogan de campanha: "Pra ser bom de verdade, tem que ser bom pra todo mundo”. 

Lindbergh

O eleitor de Nova Friburgo e de toda a Região Serrana pode esperar respeito e comprometimento. Depois das tragédias das chuvas de janeiro de 2011, o tratamento que o atual Governo do Estado deu às famílias que perderam parentes, casas, pertences mostra o descaso da atual gestão. Até o primeiro semestre de 2014, mais de três anos após a tragédia, de um total de R$ 837 milhões repassados pelo Governo Federal para o Governo do Estado investir nos municípios de Nova Friburgo e Teresópolis, em obras de drenagem de rios e contenção de encostas, a atual gestão sequer iniciou a execução de 37% destes recursos. O Governo do Estado também publicou o decreto 44.520, que interrompeu o processo de compra assistida e de indenização de residências afetadas pelas chuvas. Para completar, em Teresópolis, nenhuma casa havia sido entregue até o início do segundo semestre deste ano.

Além disso, existe hoje, no Rio de Janeiro, uma inaceitável desigualdade social e de oportunidades, que demonstra os erros na definição de investimentos e políticas públicas. Eu quero ser um governador que faça diferente e que trabalhe para todos, mas com uma atenção especial aos que mais precisam. Um dos pontos que considero essencial é que temos que ouvir os moradores de cada região. É preciso ter um orçamento territorializado, para que a população de cada região defina onde vai ser feito o investimento público, de acordo com as prioridades de cada local. Ninguém melhor do que os moradores de Friburgo e da Região Serrana para saber onde e como os recursos devem ser investidos.

Tarcísio Motta

Além de investimentos em saúde, educação, transporte e turismo, nossas prioridades serão implementar uma política de assistência a vítimas de situações de emergência, desenvolver uma política habitacional que atenda plenamente as necessidades das famílias que estão desabrigadas e, principalmente, tomar medidas para evitar novas tragédias devido a enchentes. Vamos mapear os riscos de manchas de inundação e deslizamentos de encostas nos municípios da Região Serrana, visando orientar as medidas prioritárias a serem implantadas na bacia hidrográfica. Efetuar intervenções nas encostas afetadas pelas enchentes, evitando o risco de entupimentos dos sistemas de drenagem abaixo da encosta, de poluição do rio e o consequente assoreamento do leito fluvial. Construir pequenas e médias barragens de cheias, a serem localizadas nos trechos médio e superior dos rios. Realizar intervenções nas encostas para controlar a erosão do solo e aumentar a permeabilidade dos terrenos. Investir em obras de proteção de talude, priorizando as áreas de alto risco. Garantir o saneamento efetivo de esgotos e lixo na bacia drenante, que são fatores relevantes no agravamento das enchentes e deslizamentos de encostas. E implementar um sistema de monitoramento ambiental permanente que envolva a população local na elaboração das políticas de preservação e recuperação ambiental da região.

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