Em sessão extraordinária do Conselho Deliberativo, realizada na noite do último sábado, 27, a Sociedade Musical Beneficente Campesina Friburguense comemorou o início da parceria firmada com a Petrobras. Entre os mais diversos convidados ilustres estava o diretor de exploração e produção de petróleo da estatal, Guilherme Estrella, que intermediou o acordo.
Durante a cerimônia, o presidente da Campesina, Carlos Magno da Silva, o Maguinho, ressaltou que aquela conquista significava a concretização de um sonho para a entidade, que foi alcançado graças ao esforço de pessoas comprometidas com o projeto. “Confesso que em muitos momentos pensei em desistir. Passei por situações muito difíceis, mas acreditei e consegui seguir em frente. Não iniciei essa jornada sozinho. Contei com as bençãos de Deus, com o apoio de pessoas, como o meu amigo Carlos José dos Santos Valente, do diretor cultural Fábio de Matos Klein, e da minha família”, afirmou Maguinho, emocionado.
O presidente da Campesina revelou ainda sua confiança quanto aos benefícios que a parceria com a Petrobras trará para a centenária banda friburguense. “Iniciamos hoje uma nova etapa e vislumbramos, num futuro próximo, novas realizações. Este é apenas o começo desta caminhada junto à Petrobras. Toda a entidade será eternamente grata a Guilherme Estrella, que se mostrou uma pessoa preocupada com esta instituição centenária”, ressaltou.
Já o diretor da estatal afirmou que o acordo foi quase que um processo natural, por se tratar de uma empresa essencialmente brasileira e uma instituição beneficente de grande porte. “Foi algo muito bem elaborado. Em 2008 a crise econômica, por exemplo, inviabilizou o acordo. Foram três anos de estudos. Somos muito ligados ao povo brasileiro e nos sentimos muito gratos em ajudar uma banda histórica, de tradição e compromissada, como a Campesina Friburguese” revelou Estrella.
Ele ainda acredita que sua fatia de contribuição para que o acordo fosse firmado foi pequena se comparada ao esforço de outras pessoas. “Fui apenas um agente intermediador, ou seja, o menos importante. Esta batalha quem venceu foi o Maguinho, que foi incansável, assim como os outros diretores e, logicamente, os músicos, que têm uma excelente performance”, disse.
O concerto da noite histórica
Regida pelo maestro Marcos Almeida, a Campesina Friburguense apresentou ao todo cinco números durante a cerimônia. Com um repertório que chegou a contagiar o excelente público que prestigiou o evento, a banda mostrou mais uma vez um misto de talento, criatividade e esforço.
A apresentação teve início com o dobrado Ouro Negro, que foi composto justamente em homenagem ao petróleo brasileiro. Na sequência, em Dança de Chico-Rei e da rainha de N`gingâ, houve a participação do presidente Maguinho. O terceiro número foi Máscara do Zorro. Em seguida, talvez o momento de maior empolgação do espetáculo, durante a apresentação de Vermelho e Festa da Ilha Encantada, em homenagem ao Festival de Parintins. Para encerrar a noite, a tradicional Aquarela do Brasil foi a escolhida.
Parceria permitirá a ampliação
de projetos da Banda Campesina
Graças ao apoio da Petrobras, a Campesina Friburguense fará a aquisição de novos instrumentos para a banda sinfônica, beneficiando, assim, a banda-escola, que herdará os atuais instrumentos da sinfônica, e também a escola de música, que passará a utilizar os instrumentos da banda-escola.
A parceria permitirá ainda a incrementação do projeto Jovem Campesinista, que proporciona a participação de crianças e adolescentes carentes em cursos práticos de música. Inicialmente, cerca de cem alunos foram atendidos. Brevemente mais 50 jovens devem ser beneficiados pela iniciativa.
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