A Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe A - popularmente chamada de gripe suína - começou ontem, 8, em todo o país e será composta por cinco etapas. De acordo com o calendário, os primeiros a serem imunizados são os profissionais de saúde e os indígenas, no período de 8 a 19 deste mês. A partir desta data, a vacinação será realizada em gestantes, crianças entre seis meses e 2 anos, pessoas com doenças crônicas, jovens de 20 a 29 anos, idosos e adultos de 30 a 39 anos.
Em Nova Friburgo os três primeiros dias da campanha estão sendo destinados à vacinação dos profissionais de Saúde da rede pública. Até amanhã, 10, a imunização está sendo feita nos funcionários que integram o corpo clínico e funcional do Hospital Maternidade de Nova Friburgo e do Hospital Municipal Raul Sertã. Um profissional da Divisão de Imunização do Centro de Saúde Sylvio Henrique Braune é o responsável pela imunização nas unidades, onde conta com apoio dos funcionários.
Vale destacar que nesta primeira etapa foram enviadas ao município 1.787 doses da vacina, que objetiva proteger os grupos com mais chances de sofrer complicações da doença. Em todo o país foram disponibilizadas 113 milhões de doses da vacina e a estimativa do Ministério da Saúde é imunizar 91 milhões de brasileiros. Quem quiser se cadastrar e receber via e-mail um lembrete sobre a data de vacinação pode se cadastrar no site www.saude.gov.br.
Doença provocou uma mudança de hábitos nos friburguenses
A gripe provocada pelo vírus H1N1 chegou a Nova Friburgo em junho de 2009. Os dois primeiros casos da doença foram confirmados pelo secretário municipal de Saúde, Ostwald Dantas dos Santos Filho, em entrevista coletiva no dia 24 de junho do ano passado. Na ocasião, o coordenador das unidades básicas de Saúde, Cláudio Pecci, anunciou o fechamento do posto Sylvio Henrique Braune por medida de precaução, já que uma das pessoas contaminadas pela nova gripe trabalhava naquela unidade. O fato ganhou repercussão nacional e deixou a população apreensiva quanto aos riscos de uma epidemia na cidade.
O medo da doença aumentou no fim de julho, após o registro da primeira morte por suspeita da doença num paciente encaminhado de Teresópolis para um hospital particular de Nova Friburgo. O fato chegou a provocar uma mudança nos hábitos dos friburguenses, que correram às farmácias para comprar álcool gel e máscaras cirúrgicas - produtos muito procurados por quem queria se prevenir do novo vírus. Também foi registrado um aumento no movimento dos pronto-atendimentos e consultórios médicos da cidade de pessoas com sintomas de gripe que passaram a evitar a automedicação.
O início do mês de agosto foi marcado pelo aumento do número de casos suspeitos de gripe suína em Nova Friburgo. Os boletins divulgados pela Divisão de Vigilância Epidemiológica da Fundação Municipal de Saúde (FMS) indicavam o avanço da doença e a transmissão sustentada do vírus H1N1 no município. Na ocasião, o secretário estadual de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, esteve na cidade para explicar detalhes dos procedimentos adotados pelo governo do estado no combate à nova gripe. Ele esteve reunido com autoridades do município, médicos, imprensa e outros profissionais de Saúde no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
Passado o susto de uma epidemia na cidade, os números divulgados pela FMS apontaram que a evolução da doença havia atingido um quadro estável no município e não foram registrados números alarmantes. Prova disso é que no início da primavera o município contabilizava 22 casos confirmados da nova gripe e 36 descartados. Outros 67 casos suspeitos da doença aguardavam o laudo de confirmação da Fundação Oswaldo Cruz.
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