A Secretaria Estadual de Segurança, o governo federal e o Viva Rio lançaram a segunda etapa da campanha de entrega voluntária de armas e munições no Estado do Rio, com foco no interior fluminense. A iniciativa tem o objetivo de conscientizar a sociedade civil e reciclar os profissionais de Segurança Pública em relação aos procedimentos adotados para a entrega de armas de fogo, legalizadas ou não, nos postos credenciados. Na sexta-feira, 16, o encontro de conscientização chegou à cidade de Resende. As ações no interior serão realizadas de acordo com as Regiões Integradas de Segurança Pública (RISPs).
"Nós estamos convocando as polícias Militar e Civil e a sociedade no sentido de sensibilizar a todos para a importância da coleta destes armamentos. Após os primeiros dois encontros, no Rio e em Resende, avaliaremos os resultados para programarmos nossas próximas ações. Estamos focando o interior para que a campanha abranja o maior número de pessoas”, explicou a representante da Subsecretaria de Educação, Valorização e Prevenção da Secretaria de Segurança Pública, Sylvana Pereira.
Desde 2011, as polícias Militar e Civil do Rio de Janeiro têm participado ativamente da campanha de desarmamento. De acordo com o capitão Fabrício Martins, subcoordenador da campanha, as forças de segurança estaduais já recolheram aproximadamente dez mil itens, considerando armas de fogo, munição e acessórios.
"As forças de segurança estaduais foram incorporadas à campanha de desarmamento em 2011, quando ocorreu a tragédia na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo. Hoje é possível entregar as armas em diversos locais no Estado do Rio, em batalhões e delegacias. No caso dos policiais, nosso intuito é conscientizá-los para que entendam que, como cidadãos e profissionais de segurança, eles devem divulgar a campanha de desarmamento”, destacou o capitão.
Para o representante da sociedade civil na campanha, Luiz Carlos da Silveira, a participação do poder público estadual tem sido fundamental para garantir a divulgação da iniciativa, que é permanente. "Esta é a retomada de uma campanha permanente em parceria com a Segurança Pública, apoio fundamental para mantermos viva a ação pelo desarmamento”, ressaltou Silveira.
Mãe de uma vítima de arma de fogo, Regina Maia Borballo, de 68 anos, participou do evento promovido no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). "Eu sou uma defensora desta campanha. Meu filho foi vítima de arma de fogo, era inocente, um homem de bem, e foi morto na década de 90. As ações de conscientização são importantes. Luto pelo desarmamento e pela humanização das polícias.”
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