Calouros do campus local da Uerj movimentaram as ruas do centro da cidade esta semana com o já tradicional trote universitário realizado no início do período letivo. Com os corpos pintados, os jovens pediam dinheiro aos passantes e chamavam a atenção pelo visual irreverente e bem-humorado. Um deles levou um balde para arrecadar doações de quem aguardava a abertura de uma agência bancária. Outro atraiu olhares com parte do cabelo raspado, máscara e capa do Robin.
Apesar de ser uma prática costumeira e vista como brincadeira por muita gente, o trote dividiu opiniões e foi alvo de algumas queixas encaminhadas à redação de A VOZ DA SERRA. As críticas dão conta da falta de cunho social da ação, que visa apenas arrecadar dinheiro para as famosas "chopadas dos calouros”, na contramão das crescentes campanhas em benefício do próximo.
Vale destacar que desde maio de 2012 foi sancionada uma lei estadual que estabelece um dia dedicado a atividades solidárias na primeira semana de cada período letivo. Mais do que interromper os trotes, a medida busca o entrosamento dos calouros e veteranos com a sociedade, especialmente em comunidades carentes.
Intitulado "Dia do Aprendizado de Atividades Solidárias —Universidade/Faculdade – Comunidade”, a norma visa estimular a troca de experiências "para que o aprendizado do ambiente e da vida acadêmica não fique limitado ao espaço geográfico da instituição de ensino”.
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