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Calendário interno e feriado podem comprometer votação de projeto sobre redução de vereadores
sexta-feira, 29 de junho de 2012
por Jornal A Voz da Serra
A polêmica sobre a quantidade de vereadores na legislatura 2013/2016 continua tomando conta do noticiário político friburguense. Nesta sexta-feira, a Câmara promoveu sessão específica para debater o tema com a sociedade organizada. Não houve nenhuma votação—que, se vier a ocorrer a tempo de ser aplicada no pleito de outubro, terá que ser feita numa das sessões ordinária ou extraordinária.
Às vésperas do período da realização das convenções partidárias para definição das candidaturas a prefeito e vereador, entre os dias 10 e 30 de junho, ao que parece, o relógio conspira contra o movimento “Menos vereadores, mais soluções”, deflagrado pelas Lojas Maçônicas e que ganhou o apoio de várias entidades. Por outro lado, óbvio, se tornou um grande aliado dos defensores da manutenção das 21 cadeiras na Câmara, aprovada em 2008.
Segundo informações obtidas na Câmara, uma eventual votação da proposta de redução dos vereadores não poderá ocorrer nas sessões da semana que vem. Isto porque, na reunião de terça-feira, 5, a pauta prevê uma reunião específica e a de quinta-feira, 7, não acontecerá efetivamente devido ao feriado de Corpus Christi. Esta sessão, inclusive, foi compensada com a realização da sessão específica desta sexta, 1º.
A dificuldade de aprovação da proposta de redução de vereadores fica ainda mais prejudicada porque são necessárias duas votações, com intervalo mínimo de 10 dias entre uma e outra. Pelo cronograma, a primeira delas só poderia ser realizada dia 12, quando o período de convenções partidárias já teria sido iniciado. Além disso, para esse tipo de questão é exigido por lei que a matéria seja aprovada por quorum especial de dois terços. Ou seja, o apoio de pelo menos oito vereadores em cada uma das duas votações. E o que se percebe nitidamente na Câmara é que alguns vereadores que recentemente admitiram a hipótese de redução de cadeiras não mantiveram o posicionamento.
Em suma: a polêmica parece longe de um final feliz. Pelo menos, para a parcela do eleitorado que entende que, neste momento, Nova Friburgo precisa de mais soluções e menos vereadores.
De Londrina, ainda se convalescendo, HBM divulga carta aos friburguenses defendendo projeto do trem
Ainda convalescendo do acidente sofrido numa estação ferroviária na Suíça em 2010, o prefeito Heródoto Bento de Mello continua sendo assistido por uma equipe médica. Ao lado da esposa Betty Rodrigues, que também enfrentou recentemente alguns problemas de saúde, HBM tem se dividido neste período entre o seu apartamento em Nova Friburgo e residências das filhas no Rio de Janeiro e em Londrina, Paraná, de onde divulgou uma nova carta aos friburguenses nesta sexta-feira, 1º.
“Amigos friburguenses, já faz tempo que não lhes dou notícias, por isso achei que deveria atualizá-los sobre minhas condições de saúde e minhas opiniões a respeito dos acontecimentos recentes. Em primeiro lugar, lamento não poder lhes trazer a notícia que tanto queria: o meu retorno às minhas funções públicas. Este é meu sonho, mas os médicos ainda não estão de acordo. O que me deixa profundamente triste e frustrado. Afinal, assumi compromissos com vocês e estou impedido de cumpri-los”, esclarece.
Na carta, Heródoto destaca que “no curto período em que estivemos na prefeitura, neste último mandato, estávamos enfrentando muitos problemas herdados dos anteriores, mas estávamos avançando. A saúde começava a melhorar (existem números que comprovam isso), exigimos da concessionária de águas as estações de tratamento, resgatamos os festivais de inverno, lançamos o carnaval da família, fizemos um plano de marketing para a cidade que já começava a abrir oportunidades, estávamos atraindo novos investimentos da Suíça e da Espanha, entre outras ações”, lembrou. “Na época em que sofri o acidente estávamos às vésperas de colocar grandes projetos em prática”, acentou.
Heródoto também comentou o projeto do trem, locomotiva de sua vitoriosa campanha eleitoral de 2008. Segundo ele, “muitos ridicularizaram o projeto do trem do futuro, que na verdade, é apenas um VLT, veículo leve sobre trilhos, que hoje grande parte das cidades brasileiras estão implantando, até a vizinha Macaé”. Segundo HBM, em tom de lamentação, “muitos foram os projetos jogados no lixo porque ficaram associados ao meu nome. Por isso, preciso lhes dizer: reafirmo a fé nas ideias que apresentei e me desapego da autoria deles”, diz. Na carta, ele faz uma apelo “aos que vierem a assumir o poder público que avaliem as ideias, os projetos e os planejamentos como eles são, propriedades do povo de Nova Friburgo. E, se quiserem, que se apoderem deles, mas que os realizem sempre pensando no futuro, no crescimento, na recriação de Nova Friburgo”.
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