Osteoporose: diagnóstico precoce pode retardar e até evitar sua evolução
Doença silenciosa que produz perda progressiva da massa óssea, a osteoporose tem atingido um número cada vez maior de pessoas, em sua maioria mulheres após a menopausa. Não é comum haver osteoporose em mulheres jovens, a não ser quando há história familiar. A doença enfraquece os ossos e é responsável por perda de altura, problemas posturais, dores generalizadas pelo corpo e fraturas. Estima-se que uma em cada três mulheres ou um em cada seis homens com mais de 70 anos podem sofrer fraturas de quadril relacionadas à osteoporose.
O diagnóstico geralmente só é feito após uma fratura ou o surgimento de doenças na coluna. Na verdade, a osteoporose começa a se instalar muito antes e, se fosse tratada desde o início, sua evolução poderia ser retardada ou mesmo evitada. Como isso não acontece, a doença vai tornando os ossos cada vez mais frágeis.
Existem vários fatores que determinam uma maior ou menor propensão à perda óssea, e a raça é um deles. Sim, porque esta doença atinge muito mais as brancas que as negras. As magras também têm muito mais chances de ter osteoporose que as gordinhas, pois seu organismo fabrica menos estrogênio. O fumo, as bebidas alcoólicas e o sedentarismo também são fatores que predispõem à doença. O uso de certos medicamentos, como anticonvulsivantes, hormônio tireoideano, glicorticóides e heparina também têm influência.
As chances de vir a ter ou não a doença dependem muito da alimentação na infância. Este é o período ideal para se fazer uma “poupança óssea”, ingerindo alimentos que contenham bastante cálcio, pois neste período ocorre o crescimento da massa óssea. A partir daí, não se ganha mais osso e o que foi perdido não pode ser recuperado. Existem tratamentos que aumentam a massa óssea, mas esta jamais volta a ter a mesma estrutura da juventude.
No começo, a osteoporose se manifesta através da diminuição da massa mineral óssea, sem chegar a comprometer a estrutura central do osso. Mas estes sintomas nem sempre estão presentes. Quando a osteoponia não é identificada nem tratada, o agravamento da doença é apenas uma questão de tempo. Sem tratamento, o esqueleto se torna tão quebradiço que alguns ossos podem sofrer fraturas mesmo com traumatismos muito leves ou quedas sem importância. As fraturas mais comuns são do punho, fêmur ou quadril. Num estágio mais avançado, as vértebras se tornam tão frágeis que podem fraturar até com movimentos simples, como tossir ou carregar um objeto.
O diagnóstico é feito através de exames de sangue para dosar cálcio, fosfato, fosfatase alcalina e diversas outras substâncias. Também se pede um exame de urina e densidometria óssea. O tratamento geralmente é à base de reposição hormonal, mas outras substâncias também são largamente empregadas, como os bifosfonatos ou a tibolona. O paratormônio e a calcitonina também são usados para melhorar a massa óssea.
Tanto para prevenir quando para tratar a osteoporose é muito importante ter uma alimentação rica em cálcio e vitamina D, que fixa o cálcio nos ossos. Como se sabe, a maior fonte de cálcio é o leite e seus derivados. Já a vitamina D pode ser encontrada em ovos, fígado e leite enriquecido com vitamina D.
Outro fator importante é o exercício físico e a exposição ao sol todos os dias. Uma atividade física aeróbica é indispensável, se possível ao sol. Afinal, quanto mais tempo vivemos, mais precisamos de músculos fortes para acolchoar nossos ossos frágeis e porosos.
Alimentos ricos em cálcio
Queijo minas
Queijo cheddar
Leite
Iogurte
Sardinha
Salmão
Folhas de nabo
Couve
Folhas de beterraba
Espinafre
Quiabo
Brócolis
Agrião
Consultor: Dr. José Manes, ortopedista
Deixe o seu comentário