Prematuros são muito sensíveis à dor
Até algum tempo pensava-se que os prematuros eram insensíveis à dor. Por terem menos tônus muscular, os bebês nascidos antes do tempo são menos capazes de exprimir dor por meio de movimentos físicos ou caretas. Hoje os médicos sabem que é o inverso: esses bebês são até mais sensíveis do que os nascidos a termo, tendo, portanto, necessidade de atenção especial.
Quase sempre não é possível escapar de coletas de sangue, respiração artificial, com respiradores e sondas, o que representa um incômodo permanente e fonte de muito estresse. No mundo inteiro, porém, está em curso um movimento para generalizar a adoção de práticas mais suaves nos cuidados com prematuros, respeitando sua supersensibilidade.
Os recém-nascidos – especialmente os prematuros – deveriam permanecer sempre em locais menos expostos à luz e ao ruído excessivo, o que nem sempre acontece. As UTIs neonatais costumam ser iluminadas demais e extremamente barulhentas. Sempre que possível, os procedimentos que causam desconforto e dor devem ser realizados por dois profissionais. Enquanto um segura o bebê, o outro faz a coleta ou coloca uma sonda, por exemplo.
Estudos recentes recomendam a administração de soluções adocicadas para estimular a produção de antálgicos próprios no corpo do bebê. Estas soluções são muito conhecidas pelos profissionais de saúde, entretanto estudos mostraram que elas não eram utilizadas de maneira sistemática.
A questão da dor ganha mais relevância na medida em que se sabe que ela pode afetar permanentemente o indivíduo em desenvolvimento. Os estímulos dolorosos repetidos modificam de maneira permanente a percepção da dor. Em outras palavras, crianças que foram muito expostas à dor logo depois do nascimento podem ter mais tarde maior sensibilidade a ela. A dor pode também afetar o desenvolvimento cognitivo.
Quase metade dos universitários do país já usou drogas ilícitas
A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) acaba de divulgar o primeiro levantamento sobre o uso de álcool, tabaco e outras drogas entre os universitários brasileiros. Segundo a pesquisa, 49% dos universitários brasileiros já experimentou drogas ilícitas e 22% correm riscos de desenvolver dependência de álcool. No caso da maconha, esse percentual é de 8%.
O levantamento ouviu cerca de 18 mil jovens matriculados em instituições públicas e privadas de ensino superior das 27 capitais brasileiras. Entre os entrevistados, 40% usaram duas ou mais drogas no último ano e 43% disseram já ter feito uso múltiplo e simultâneo dessas substâncias.
O uso de substâncias ilícitas é maior entre os estudantes das regiões Sul e Sudeste, de mais de 35 anos, que estudam em instituições privadas e que estão matriculados em cursos da área de humanas no período noturno. Não se observou nenhuma interferência de gênero nesse consumo.
Fumar é um hábito de 22% dos jovens do ensino superior. Em relação à bebida alcoólica, 86% dos universitários disseram já ter consumido álcool. Entre os menores de 18 anos, este índice é de 80%. O estudo aponta ainda que 18% dos jovens já dirigiram sob o efeito de bebida e 27% pegaram carona com um motorista embriagado.
A prevalência do uso de álcool, tabaco e drogas entre os universitários brasileiros é semelhante à verificada entre os jovens dos Estados Unidos. Mas há algumas peculiaridades: entre os estudantes norte-americanos é maior o uso da maconha e, no Brasil, o percentual de universitários que declararam usar inalantes é superior ao daquele país.
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