Laboratório alemão promete lançar ‘viagra’ feminino até o fim do ano
Uma droga chamada flibanserin, desenvolvida pelo laboratório alemão Boehringer Ingelhein e inicialmente testada como antidepressivo, poderá ser a primeira pílula capaz de estimular o apetite sexual feminino. A molécula modula a disponibilidade de um neurotransmissor chamado serotonina, que promove bem-estar e aumenta a dopamina, substância fundamental para instigar o interesse em transar.
Estudos clínicos realizados no Canadá, Europa e Estados Unidos concluíram que a ingestão de 100mg diários mostrou bons resultados como estimulante da libido feminina. Diferentemente das famosas pílulas masculinas, que têm efeito quase imediato, o flibanserin leva de seis a oito semanas para agir.
A substância começou a ser estudada pelos cientistas alemães nos anos 1990, com a promessa de ser um antidepressivo que faria face à fluoxetina e similares. Surpreendentemente, porém, as mulheres que participavam dos testes reportaram um aumento considerável em seu desejo sexual.
O problema é bem mais comum do que se imagina. Só para ter uma ideia, a falta de desejo sexual feminino atinge mais de 40% das mulheres em todo o mundo e a dificuldade de lubrificação, mais de 20%. A fase crítica costuma vir à tona mesmo na menopausa, quando os ovários deixam de fabricar estrogênio, arrasando de vez com a libido.
A novidade, portanto, vem sendo saudada com grande entusiasmo. Já não era sem tempo. Há dez anos os homens se beneficiaram do Viagra e outros medicamentos de efeito vasodilatador, que atuam na disfunção erétil. Estas drogas, porém, não funcionam sobre a sexualidade feminina que, diga-se de passagem, é muito mais complexa do que a masculina. Além de uma enxurrada de hormônios e outras substâncias químicas, as mulheres dependem de parceiros dedicados, autoestima elevada, mente tranquila e bom conhecimento do próprio corpo, entre outros detalhes.
Um tratamento capaz de estimular a libido feminina não é, portanto, uma tarefa simples. Atualmente, sete estudos estão em andamento na Europa e Estados Unidos, com cinco mil mulheres. Já existe no mercado um adesivo que libera testosterona na corrente sanguínea, aumentando a lubrificação feminina, mas não deixa as mulheres mais interessadas em fazer sexo. Outra tentativa foi um gel que aumenta a vasodilatação e também a sensibilidade na região íntima. Mas, na cabeça feminina, nenhuma mudança.
Esperemos que o novo medicamento, cujo nome ainda não foi definido, possa, de fato, contribuir para uma alteração significativa neste quadro.
Amamentação fortalece vínculo afetivo entre mãe e filho
Uma pesquisa realizada no Centro de Estudos da Criança da Universidade Yale comprovou que oferecer o peito à criança de fato influencia na criação de laços afetivos entre a mãe e seu bebê. Há indícios de que o cérebro da mãe que amamenta é especialmente receptivo aos sinais da criança.
Através de exames de ressonância magnética, os cientistas escanearam os cérebros de mães quando expostas à imagem de seus bebês ou a seu choro. O estudo foi feito três semanas depois do parto e mostrou que mulheres que amamentam mostram maior excitação das áreas límbicas, do hipotálamo e do mesencéfalo – envolvidas com emoção e motivação – em comparação com mães que ofereciam mamadeira a seus filhos. O hormônio responsável por essa diferença é a ocitocina, que tem um papel importante nos elos sociais. Amamentar estimula a produção da substância, o que pode aumentar a atenção da mãe para com seu bebê.
O estudo mostrou, porém, que três ou quatro meses depois do nascimento a diferença na atividade cerebral de voluntárias que amamentam no peito e nas que usam mamadeira foi menor. Isso indica que, com o tempo, a reação da mãe a seu bebê vai se tornando cada vez mais dependente de sua personalidade, experiência de vida e intensidade emocional do que de seus níveis hormonais.
De qualquer forma, a pesquisa comprova mais uma vez que, além de todas as vantagens, a amamentação representa uma forma excelente de estimular o vínculo inicial das mães com seus filhos e, consequentemente, seu desenvolvimento.
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