Bula sem lupa - 4 de julho

Por Dalva Ventura
sexta-feira, 03 de julho de 2009
por Jornal A Voz da Serra

Médicas trocam jalecos sem graça por modelos mais sofisticados

Em alguns shoppings já existem algumas lojas de grife médica que vendem jalecos diferentes, mas, mesmo nestas, as dermatologistas paulistas Marcella Delcourt e Marjorie Melo não encontraram nenhum que se destacasse. Decidiram, então, personalizar a peça, trocando o tradicional modelo unissex e sem graça por um jaleco mais acinturado e feminino, desenhado por um casal de estilistas.

Assim como elas, muitas médicas também não querem mais saber dos jalecos quadrados de sempre. Mudam o tecido, adotam um corte mais ajustado ao corpo, mexem na gola, no comprimento, nos botões e acrescentam mais bolsos. Da mesma forma, nutricionistas, dentistas, fonoaudiólogas e outras profissionais da área de saúde estão usando jalecos mais transados e até em cores que vão além do branco, bege ou algum tom pastel.

Os médicos também estão procurando modelos de jaleco diferentes. Os mais velhos, que gostam de trabalhar de terno, optam por jalecos mais sociais, em que os botões ficam escondidos e só uma parte da gravata aparece. Já a turma jovem está adotando o scrubs, um tipo de uniforme hospitalar formado por calça e camisa de manga curta que deu nome ao seriado que faz sucesso na TV por assinatura. Além de muito confortáveis, o scrubs tem outra vantagem: dá para fugir do branco e do bege e usar cores fortes, como azul, verde e até alguns tons de rosa.

Música pode ajudar a circulação e o coração

A música já vem sendo usada em alguns hospitais como uma terapia barata e fácil de aplicar. Agora, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Pávia, na Itália, e publicado na revista Circulation veio comprovar que além de ter um impacto positivo no humor do paciente, a música gera efeitos físicos perceptíveis no organismo.

De acordo com o estudo, músicas vibrantes como Nessun Dorma, de Puccini, cheia de crescendos e diminuendos, pode desacelerar o coração e abaixar a pressão sanguínea, ajudando na reabilitação de pessoas que tiveram derrames. Já as melodias com ritmo mais acelerado aumentam os batimentos cardíacos, o ritmo respiratório e a pressão sanguínea. E as músicas com ritmo mais lento gerariam um efeito contrário nos pacientes.

O estudo foi realizado com o auxílio de 24 voluntários saudáveis que ouviram cinco faixas de músicas clássicas, escolhidas aleatoriamente, e monitoraram as respostas de seus corpos. Entre as músicas escolhidas estavam a Nona Sinfonia de Beethoven, uma área de Turandot, de Puccini, a Cantata nº 169 de Bach, Va Pensiero, da ópera Nabuco, de Verdi, e Libiam Nei Lieti Calici, de La Traviata, também de Verdi.

Cada crescendo destas músicas ou um aumento gradual do volume, estimulava o corpo e levava ao estreitamento dos vasos sanguíneos abaixo da pele, aumentando a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos, além de provocar um aumento das taxas respiratórias. Por outro lado, os diminuendos e a diminuição gradual do volume causavam o relaxamento, diminuindo os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea.

A conclusão é que a música leva a uma mudança dinâmica, contínua e até certo ponto previsível no sistema cardiovascular. Os pesquisadores testaram várias combinações de música e silêncio nos voluntários e descobriram que as faixas que alternam ritmos rápidos e mais lentos, como óperas, parecem ser as melhores para a circulação e o coração. Já as árias de Verdi, que seguem frases musicais de dez segundos, parecem se sincronizar perfeitamente com o ritmo cardiovascular.

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