Bula sem Lupa - 4 a 6 de dezembro.

Por Dalva Ventura
sexta-feira, 03 de dezembro de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Médica publica livro em que compara a paixão a uma droga

“A paixão é fulminante e vicia, mas dura pouco”. Assim a médica Cibele Fabichak define o estado que toma conta de quem se apaixona. Em seu livro “Sexo, amor, endorfinas e bobagens, publicado recentemente pela Editora Novo Século, ela garante que a paixão é um sentimento é intenso e avassalador, mas dura, no máximo, quatro anos.

A ciência define a paixão como um estado fisiológico muito semelhante à dependência química que pode gerar sintomas psíquicos e físicos. “O julgamento crítico, o discernimento e a racionalidade em relação ao parceiro ficam muito reduzidos, especialmente nos primeiros meses”, afirma a médica.

Durante a fase de paixão, diz ela, as endorfinas, a adrenalina, a noradrenalina e a dopamina aumentam. Enquanto isso, a serotonina diminui. “Ou seja, a paixão é um estado semelhante ao do vício por drogas. E está na fronteira com transtornos. Uma linha de pesquisa italiana está estudando justamente o momento em que a paixão se torna patológica e salta para o transtorno”, afirma.

As alterações na química cerebral mexem com o sistema límbico (a central das emoções), distorcendo a visão do parceiro escolhido. Com isso, o apaixonado sente uma onda de prazer tão forte que passa a associar uma coisa à outra. Por isso mesmo, não enxergam defeitos no apaixonado. “Pensamentos obsessivos e de posse sexual são outras características desta fase”, diz.

Porém, a intensa atividade cerebral e hormonal típicas do estado de apaixonamento duram de 12 a 48 meses, no máximo, sendo que a média é de dois anos. A primeira fase, comandada por hormônios sexuais, seria de busca do prazer. A segunda é marcada por diversas substâncias, entre elas a endorfina, a serotonina, a testosterona, o estrógeno e a progesterona. Esta acaba por dar lugar ao sentimento que normalmente chamamos de amor. Nesta fase, dois hormônios entram em ação: na mulher, a oxitocina e no homem, a vasopressina.

A médica destaca que, em geral, os três estágios acontecem nesta ordem e com a mesma pessoa, mas nem sempre é assim. É possível ter um vínculo muito forte com alguém sem sentir nenhuma atração física por ela até que... aos poucos ou repentinamente, este sentimento pode vir a se transformar em paixão. Da mesma forma, uma pessoa pode sentir um amor muito forte pelo cônjuge, mas sentir desejo por um colega de trabalho.

Claro que o lado psicológico, a personalidade, a história de vida de cada um, o tipo de educação recebida, tudo isso tem sua influência no estado de apaixonamento. Até porque, biologicamente, o cérebro não consegue manter esse turbilhão de hormônios por muito tempo.

Um terço dos portadores de HIV na América Latina são brasileiros

Uma pesquisa realizada pelo programa das Nações Unidas para a Aids (Unaids) o número de pessoas contaminadas com o vírus no Brasil cresceu nos últimos anos. Em 2001, eram 560 mil e em 2009, 810 mil.

Paralelamente, o relatório mostrou que entre 1996 e 2009, 1,2 milhão de anos de vida de pacientes contaminados pelo HIV foram ganhos no país, graças ao tratamento antirretroviral.

Outro dado importante: entre os infectados, de 360 mil a 550 mil têm mais de 15 anos ou mais. Já o número de mulheres adultas contaminadas ficou entre 180 mil e 330 mil em 2009.

O número de mortes relacionadas à Aids no Brasil foi de 2 mil e 25 mil em 2009, contra um mínimo de 7,2 mil e um máximo de 24 mil em 2001. Já o número de novas infecções em 2009 se situou entre 18 mil e 70 mil.

Segundo a ONU, o Brasil é um dos países de média e baixa renda com melhor situação em termo de prioridade de investimento para a prevenção do HIV. Entre zero e um, o país obteve uma nota 0,8 no índice.

O relatório considera que a epidemia global de Aids foi revertida e está em tendência de queda. O ponto mais importante, para a Unaids, é atingir as metas de “zero discriminação, zero novas infecções pelo HIV e zero mortes relacionadas à Aids”.

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