OMS conclui que câmara de bronzeamento provoca câncer
Segundo a Agência Internacional para Pesquisa do Câncer (Iarc), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS), voltada para pesquisas da área oncológica, as cabines usadas no processo deixaram de ser “provavelmente cancerígenas” para representar uma causa concreta de tumor de pele.
Até agora os raios solares ultravioletas (A, B e C), do mesmo modo que os UVA artificiais de lâmpadas de bronzeamento, são classificados no nível 2 de perigo do Iarc. Com os novos estudos, essa radiação passa a ser de nível 1, que classifica produtos cancerígenos para o homem.
O órgão destacou a existência de numerosos estudos mostrando uma ligação entre o bronzeamento artificial e o melanoma.
Segundo a pesquisa, o risco de câncer de pele aumenta em cerca de 75% quando as pessoas começam a usar câmaras de bronzeamento antes dos 30 anos. Os raios UVA emitidos por estas câmaras estimulam a produção de melanina, responsável pela coloração mais escura da pele. O problema é que esta radiação está relacionada a um maior risco de melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele.
Estafa profissional afeta 30% dos trabalhadores brasileiros
Pesquisadores do Brasil, da América do Norte e da Europa têm alertado para o crescimento de vítimas da síndrome de burnout, termo utilizado pelos médicos para designar um esgotamento físico ou mental causado por estresse ou trabalho em excesso.
De acordo com uma estimativa divulgada pelo Isma Brasil, um instituto internacional voltado para o controle do estresse, cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros são afetados pelo mal.
O burnout se processa da seguinte maneira: exaustão emocional (quando a pessoa fica sem energia e se torna pessimista), despersonalização (perda da capacidade de empatia) e falta de realização pessoal (baixa estima e frustração). As consequências são as mais diversas: dores musculares, enxaqueca, gastrite, síndrome do intestino irritável, insônia e até mesmo doenças graves, como hipertensão, diabetes, alcoolismo, dependências de outras drogas e depressão.
Alterações vasculares cerebrais são as maiores causas de demência
O Grupo de Estudos em Envelhecimento Cerebral da Faculdade de Medicina da USP apresentou um estudo inédito no Congresso Internacional da Doença de Alzheimer, realizado em Viena. O estudo demonstrou que as alterações vasculares cerebrais são mais importantes do que o Alzheimer no desenvolvimento de demência.
Foram avaliados 137 cérebros de pessoas que manifestaram demência moderada e grave. Destes, 30% dos casos tinham origem somente vascular, contra 25% causados apenas por doença de Alzheimer. Os casos de derrame cerebral foram excluídos.
Segundo a pesquisa, somente a metade dos casos de demência vascular havia sido diagnosticada clinicamente. A confirmação de um possível diagnóstico de Alzheimer e de demência vascular só pode ser feita por autópsia. No entanto, algumas alterações nos vasos cerebrais podem ser apontadas ainda em vida, através de exames de ressonância magnética.
Entre os casos de demência estudados, 17,5% tinham sido considerados (ainda em vida) decorrentes de alterações vasculares. Depois de análise neuropatológica dos cérebros (após a morte), viu-se que 33,3% eram de demência vascular.
Segundo a neuropatologista Lea Grinberg, coordenadora do Banco de Cérebros da USP, os médicos “comeram bola” (a expressão foi usada por ela) no diagnóstico de demência vascular. “São casos que nem sabíamos que seria possível prevenir”, afirmou.
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