Fiocruz aplica eletroencefalograma para diagnosticar mais cedo o autismo
O Instituto Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está desenvolvendo um método para diagnosticar o autismo por meio de exame de imagem. Por enquanto o diagnóstico é exclusivamente clínico e baseado na observação dos sintomas, não havendo nenhum teste específico para confirmar a doença.
O eletroencefalograma computadorizado faz uma varredura cerebral, ampliando e medindo as correntes eletromagnéticas no cérebro em diversas frequências. Com isso é possível verificar as ligações entre os grupos de neurônios. Depois disso os pesquisadores comparam as imagens obtidas com o mapeamento com as do cérebro de uma criança sem este problema.
Segundo o neurologista infantil Adaílton Tadeu Alves de Pontes, um dos coordenadores da pesquisa, as crianças autistas apresentaram uma resposta diminuída no hemisfério cerebral direito em relação ao esquerdo. Em outras palavras, há uma deficiência comprovada de ativação no hemisfério direito do cérebro. Este hemisfério está associado às funções socioafetivas, emocionais, de empatia e de percepção do contexto e compreensão social, enquanto o hemisfério esquerdo é mais relacionado com o cálculo e o raciocínio.
Se a eficácia do eletroencefalograma no diagnóstico do autismo for, realmente, confirmada, será uma ótima notícia, porém ainda não se sabe se o diagnóstico e a intervenção precoces mudarão o curso da doença. Atualmente, o autismo é descoberto apenas por volta dos três anos de idade, e o tratamento é basicamente comportamental. Medicamentos são usados para controlar sintomas específicos, como a agressividade.
Maioria dos vírus do resfriado e da gripe morre com facilidade
Estudos mostraram que o tempo de sobrevivência dos vírus da gripe do resfriado podem variar bastante, de alguns segundos a 48 horas. Este tempo está relacionado a vários fatores, incluindo o tipo de superfície, umidade e temperatura.
Em superfícies não porosas, como metal, plástico e madeira, os micro-organismos duram mais que em superfícies porosas, como roupas, papel e tecido. A maioria dos vírus causadores da gripe consegue viver de um a dois dias em superfícies não porosas, e de 8 a 12 horas em superfícies porosas. O vírus da gripe H1N1 é particularmente resistente, sobrevivendo até seis dias em algumas superfícies.
Mas, a maioria dos vírus causadores do resfriado comum se deteriora rapidamente. Segundo um estudo feito há dois anos com voluntários saudáveis, 60% das pessoas contraíram gripe ao tocar interruptores e telefones de um quarto de hotel que haviam sido contaminados uma hora antes com um vírus da gripe. Após 18 horas, o índice de transmissão caiu pela metade.
Na pele os vírus da gripe e do resfriado geralmente não resistem por mais de alguns minutos, mas esse pode ser o tempo suficiente para a transmissão. Até porque, a maioria das pessoas leva suas mãos à boca várias vezes durante o dia, o suficiente para causar uma infecção.
Entre obesos, mulheres têm mais risco de infartar
O Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia de São Paulo acaba de divulgar os resultados de uma pesquisa provando que mulheres obesas e cardiopatas, isto é, com colesterol elevado, hipertensão ou outros problemas cardíacos, têm dez vezes mais risco de infartar do que homens na mesma condição.
A pesquisa envolveu 1.304 pacientes com mais de 18 anos - 450 homens e 854 mulheres. Todos foram avaliados no início do tratamento e também fizeram exames clínicos para detectar a presença de fatores de risco cardiovascular. Além disso, o estudo também constatou que os homens e as mulheres tinham praticamente os mesmos fatores de risco e, mesmo assim, elas tinham maior risco de infarto: 90% das mulheres eram hipertensas enquanto 86% deles tinham esse problema; 37% das mulheres e 42% dos homens tinham diabetes e 43% dos dois grupos apresentavam alta taxa de lipídios.
Os especialistas concluíram que o organismo dos homens consegue formar mais vasos colaterais quando detecta a presença de lesões do que o das mulheres. A mulher obesa e com fatores de risco associados é mais suscetível ao infarto porque seu organismo produz menos mecanismos compensatórios para evitar o problema.
Um dos dados que chamou a atenção dos pesquisadores foi que as mulheres estão cada vez mais sedentárias e obesas. Entre as que foram avaliadas, 98% apresentavam circunferência abdominal muito elevada (acima de 88 cm), contra 82,7% dos homens (superior a 102 cm).
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