Bula sem lupa - 29 de maio.

Por Dalva Ventura
sexta-feira, 28 de maio de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Aumento da expectativa de vida exige maior desenvolvimento da medicina paliativa

O grande desenvolvimento da medicina nas últimas décadas tem aumentado muito a expectativa de vida da população. Se no começo do século 20 esta era de 34 anos nos países desenvolvidos, atualmente a mesma já passa dos 80 anos. Com isso, o índice de doenças crônicas e degenerativas vem aumentando.

Por isso mesmo é fundamental que a ciência dirija todos os seus esforços no sentido de minimizar o sofrimento que essas doenças costumam produzir, principalmente no caso daqueles pacientes que não têm cura. Cabe ao médico aliviar sempre e, caso isso não seja possível, consolar. Mas, por incrível que possa parecer, hoje em dia tornou-se mais comum curar que aliviar. Consolar então, nem se fala.

A oncologia é uma das áreas da medicina que mais necessita desta abordagem. Os especialistas hoje conseguem curar cerca de 50% destes pacientes. Metade dos cânceres, porém, são incuráveis e seus portadores chegam à dura fase onde já se esgotaram todas as possibilidades terapêuticas.

Estes e outros pacientes, porém, têm todo o direito de pleitear sempre um alívio da dor, uma melhor qualidade de vida e até mesmo, por incrível que pareça, uma melhor qualidade de morte.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os cuidados paliativos consistem na assistência ativa e integral a pacientes cujas doenças não respondem mais aos tratamentos curativos. Seu principal objetivo é garantir uma melhor qualidade de vida tanto a estes pacientes em si como a seus familiares. Principalmente no caso daqueles que estão sentindo dores ou desconfortos intensos, com sérias limitações.

Para tanto, os médicos devem levar em consideração outros aspectos além dos puramente medicamentosos, com uma abordagem sensível, carinhosa e um tratamento paliativo que alivie os sintomas, acalme dores, diminua as limitações e o sofrimento da fase final da doença, sem esquecer de tratar das emoções. Nessa fase, é fundamental que o médico e a família tenham plena noção do curso da doença, da fase em que se encontra e do que, realmente, está ao alcance da medicina sem sacrificar a já precária qualidade de vida do paciente.

Chorar faz mesmo bem à saúde?

O que a ciência sabe sobre as funções biológicas e psicológicas das lágrimas ainda é muito contraditório e os cientistas discordam sobre os benefícios do choro. Alguns acreditam que chorar faz bem, pois tem um efeito relaxante e até ajuda a eliminar substâncias químicas indesejáveis.

Freud era um que considerava chorar “libertador”. Outros cientistas relacionaram a repressão do pranto ao surgimento de transtornos de ansiedade, asma ou úlceras. Também não parece haver dúvida de que as pessoas que não exteriorizam seus sentimentos são mais propensas a experimentar tensão e angústia.

Muitos, porém, sustentam que chorar é um sinal de submissão, fraqueza e vulnerabilidade. Alguns pesquisadores acreditam, inclusive, que chorar seria, no mínimo, uma perda de tempo.

Depois de analisarem o choro de três mil pessoas, cientistas da Universidade da Flórida (USA) e da Universidade de Tilburg, na Holanda, concluíram que os benefícios do choro dependem muito de suas causas e das circunstâncias em que o mesmo ocorre.

Já se sabe que o ser humano chora por pelo menos 465 emoções distintas e que as mulheres choram quatro vezes mais do que os homens. Enquanto os homens encontram motivos para chorar entre seis e sete vezes por ano, as mulheres choram de 30 a 64 vezes no mesmo período. Além disso, cada episódio de choro feminino dura mais tempo que o masculino.

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