Cresce consumo das chamadas “drogas inteligentes”
Usados no tratamento do distúrbio de déficit de atenção (DDA) e hiperatividade, os nootrópicos, as smart drugs estão se disseminando cada vez mais mais nos Estados Unidos. Estudos recentes dão conta de que cerca de 25% dos universitários americanos estão usando estas drogas. E, o que é pior, sem indicação médica.
As ditas “drogas inteligentes” de inteligentes não têm nada. À base de substâncias como anfetamina e metilfenidato, elas sequer são tão eficientes do ponto de vista cognitivo quanto se alardeia. Elas de fato facilitam a neurotransmissão da dopamina, substância relacionada com o estado de alerta e a motivação. Supostamente, portanto, facilitariam o aprendizado, pois estimulam o cérebro, aumentando a concentração e diminuindo o cansaço mental.
O problema é que seus efeitos colaterais precisam ser melhor estudados. Eles podem, sim, deixar o indivíduo mais atento, mas também desequilibram a memória seletiva, provocando perturbações no sono, taquicardia, sudorese, palpitações, enjoos. Sem falar que podem causar dependência. Por enquanto, o que se sabe é que existem riscos bastante sérios para quem usa os nootrópicos e, por isso mesmo, estes devem ser usados exclusivamente com indicação clínica.
Uma coisa é certa. Em se tratando de aprendizado, não existem fórmulas nem pílulas mágicas. Só aprende quem se esforça, quem estuda e quem pratica.
Mau humor crônico exige tratamento
Ao contrário do que muita gente pensa, quem vive de mau humor pode estar sofrendo de um transtorno mental que tem até nome. Distimia. Reconhecida pela medicina desde os anos 80, é uma forma crônica de depressão, só que com sintomas mais leves.
Enquanto quem sofre de depressão fica paralisado, os distímicos tocam sua vida normalmente, só que sempre reclamando. Estas pessoas não chegam a sentir prazer e a ficar felizes, pois só enxergam o lado negativo das coisas e das pessoas. Mas, para que o mau humor possa ser classificado como patológica, os sintomas devem persistir por, no mínimo, dois anos. As mulheres têm o dobro de chances de sofrer de distimia, devido à variação hormonal do organismo.
Caso você conheça alguém assim, permanentemente mau humorado, procure alertá-lo, pois o distímico não costuma se dar conta sozinho de que tem um problema. Pelo contrário, coloca a culpa da rabugice no ambiente ao seu redor ou nas pessoas com quem convive. A pior coisa que se pode fazer é subestimar a doença, até porque o distímico corre riscos de desenvolver quadros depressivos graves e dependência química.
Muito mais comum do que se pensa, a distimia tem um componente genético e atinge, pelo menos, 180 milhões de pessoas no mundo. Como ocorre na depressão, a causa pode ser um desequilíbrio químico nos neurotransmissores que comandam o humor, como o sistema límbico, o hipotálamo e o lobo frontal. A boa notícia é que este tipo de mau humor patológico pode ser tratado com medicamentos antidepressivos associados à terapia.
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