Correr não prejudica articulações (aliás, muito pelo contrário)
Pesquisadores da Universidade de Stanford concluíram que correr acaba protegendo as articulações do joelho. Isto porque, a prática regular deste tipo de exercício leva o joelho a se acostumar aos movimentos da corrida.
Para tanto, eles acompanharam durante 20 anos grupos de corredores de longa distância e não corredores, todos entre 20 e 50 anos. Quando o estudo começou, 6,7% dos corredores apresentavam algum sinal de artrite leve no joelho, embora nenhum deles tivesse sinais de lesões.
Após duas décadas, os não corredores apresentaram uma incidência bem maior de alterações associadas à artrite. Basta dizer que 10% sofriam de artrite severa no joelho, contra 2% do grupo dos não corredores. E mais: apenas 20% dos corredores apresentaram algum tipo de sinal de artrite, enquanto entre os não corredores o percentual foi de 32%.
Segundo os especialistas, isso acontece porque correr contribui para manter a musculatura das pernas forte, garantindo, assim, uma boa sustentação das articulações.
Câncer de mama em mulheres jovens pode estar associado ao uso de agrotóxicos
Oncologistas do mundo inteiro estão intrigados com o aumento de casos de câncer de mama em mulheres jovens, isto é, com menos de 50 anos. O índice é realmente assustador. Basta dizer que no Brasil 30% dos casos são diagnosticados antes desta idade. No México este índice chega a 50%.
Muitas dessas mulheres não têm histórico familiar da doença e nem apresentam outros fatores de risco, como o sedentarismo, a maternidade tardia e a má alimentação. O fenômeno acontece principalmente em países em desenvolvimento, como o Brasil, o México e a China, o que reforça a ligação entre câncer e fatores ambientais.
Os resultados de uma pesquisa coordenada pelo epidemiologista Sergio Koifman, da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, apontaram para uma possível associação entre pesticidas e câncer de mama. Na verdade, a discussão não é nova, mas até agora os pesquisadores não chegaram a uma posição unânime.
O pesquisador alerta para o fato de que alguns pesticidas e inseticidas usados até os anos 90 no país teriam uma substância química muito semelhante ao de hormônios esteróides encontrados no corpo e poderiam vir a ter relação não apenas com o câncer, mas com uma série de doenças, como leucemia, câncer de tireóide e mal de Parkinson.
Foram avaliados 250 pacientes com menos de 36 anos diagnosticadas com a doença no Instituto Nacional do Câncer (Inca) e, depois de eliminar outros fatores de risco, concluiu que mulheres expostas a pesticidas domésticos na infância ou na juventude corriam um risco 5,5 vezes maior de desenvolver este tipo de tumor. Segundo Koifman, ao manter contato prolongado com esta substância, as células acabam percebendo estas moléculas como um hormônio e desencadeiam uma série de ações que podem desequilibrar o organismo e levar a doenças.
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