Implantes inteligentes para controlar doenças neurológicas
Durante um encontro da Sociedade de Engenharia em Medicina e Biologia, realizado em Minneapolis (EUA), cientistas do laboratório Medtronic divulgaram o protótipo de um neuroestimulador que poderá vir a ser usado no tratamento de pessoas com desordens neurológicas. Estes implantes inteligentes poderão também ajudar a desenvolver tratamentos para pessoas com mal de Parkinson, depressão e transtorno obsessivo-compulsivo.
O uso de neuroestimuladores com esta finalidade já foi, inclusive, aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration). A diferença é que estes aparelhos fazem a estimulação de acordo com um cronograma definido, não reagem à atividade cerebral. Já os novos dispositivos que estão sendo estudados são capazes de responder a sinais cerebrais com certeza será mais efetivo.
Este admirável mundo novo, porém está apenas começando. Testes mais sofisticados com humanos estão a anos de distância. A Medtronic informou que o neuroestimulador será usado, inicialmente, para estudar sinais cerebrais em pacientes durante suas atividades cotidianas. Os dados coletados é que vão mostrar se os sensores podem ser usados para detectar e prevenir crises.
Mas não é apenas a Medtronic que está de olho neste filão. Uma outra empresa, a NeuroPace, da Califórnia, está concluindo estudos clínicos usando implantes inteligentes em 240 pessoas com epilepsia e anuncia resultados para dezembro. No entanto, um estudo preliminar, feito com um grupo de 65 pacientes, apontou que os dispositivos foram capazes de reduzir as convulsões.
O aparelho da NeuroPace é implantado dentro do crânio, monitorando a atividade elétrica por intermédio de eletrodos implantados nas profundezas do cérebro. Caso o implante reconheça uma convulsão, vai emitir uma estimulação elétrica breve e suave, a fim de suprimi-la.
Vale lembrar que os estimuladores cardíacos são desenvolvidos a partir deste mesmo princípio e graças a eles os pesquisadores aprenderam a detectar e a reagir aos sinais do coração. Conclusão óbvia e alvissareira é que os implantes cerebrais representam um salto gigantesco no tratamento dos males que afetam o órgão mais desconhecido dos cientistas, o cérebro.
Dormir mais de sete horas reduz riscos de pegar resfriado
Uma pesquisa realizada na Universidade Carnegie Mellon, de Pittsburgh (EUA), comprovou que quem dorme menos de sete horas por noite tem três vezes mais chances de contrair resfriados e outras doenças respiratórias do que aqueles que dormem oito horas ou mais.
Foram estudados os hábitos de sono de 153 mulheres e homens saudáveis, com uma idade média de 37 anos. Os participantes eram entrevistados diariamente durante um período de duas semanas, para saber o número de horas que dormiram, o tempo que levaram para adormecer e também se se sentiam descansados pela manhã. Depois, foram colocados sob quarentena, recebendo gotas nasais com rinovírus, o que causa a maioria dos resfriados comuns. Durante os cinco dias seguintes, todos eles informaram aos pesquisadores se tinham apresentado sinais e sintomas de resfriados. Os cientistas também coletaram amostras de muco e fizeram exames de sangue para estudar a resposta de seus anticorpos ao vírus.
A pesquisa comprovou que, quanto menos a pessoa dormia, mais chances apresentou de desenvolver o resfriado e que um sono pouco eficiente está associado com o maior desenvolvimento de muco nas vias respiratórias. Quem demora mais a conciliar o sono e passa mais tempo na cama dormindo que acordado tem cinco vezes e meia mais probabilidades de ficar doentes do que aqueles que dormem logo. Já o fato de continuar se sentindo cansado ao acordar não tem relação com uma maior ou menor resistência aos resfriados.
Segundo os responsáveis pelo estudo, uma possível explicação para uma maior propensão a resfriados e à formação de muco entre quem dorme pouco é que o sono influi na regulação das citocinas pró-inflamatórias, histaminas e outros mediadores que o corpo libera em resposta a infecções.
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