Bula sem Lupa - 23 a 25 de outubro.

Por Dalva Ventura
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Maternidades continuam oferecendo complemento alimentar a recém-nascidos

Não são todas, é verdade. Mas, algumas maternidades do país, principalmente as particulares, continuam oferecendo leite artificial aos recém-nascidos, o que prejudica o aleitamento e contraria regras da Sociedade Brasileira de Pediatria.

As justificativas são as mais esdrúxulas: a mãe precisava descansar do parto; o bebê “não tinha força para sugar”; ou “o leite ainda não tinha descido”. No caso de gêmeos, por exemplo, muitos pediatras acabam convencendo às mães de que não teriam leite suficiente para dois e que o jeito seria entrar no leite artificial. O pior é que, impactadas com o nascimento, as mães não costumam sequer questionar os hospitais.

Em meio às emoções do pós-parto e à falta de informação sobre a importância da amamentação exclusiva desde as primeiras horas de vida, as mães acabam sucumbindo às dúvidas. Com isso, abre-se uma brecha para o desmame precoce.

É o que lembra o pediatra Marcus Renato de Carvalho, mestre em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública e professor do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFRJ. “A produção de leite só depende de estímulo e apoio, mais nada”, garante.

Quem se aposenta faz mais sexo

A aposentadoria chegou. E agora? O que fazer com o tempo livre? Pesquisas revelam que para boa parte dos aposentados isso não é problema. Livres do estresse do trabalho e de grandes preocupações, a vida sexual do aposentado aumenta e ultrapassa, em quantidade, a de jovens que trabalham.

Pesquisas feitas na Grã Bretanha, nos Estados Unidos e também por especialistas brasileiros comprovam que do Atlântico Norte ao Sul, não importa, o sexo é maior dentre os que param de trabalhar. Alguns aposentados têm duas vezes mais relações sexuais que os mais jovens que trabalham. Nos EUA, segundo a Retirement Living TV, 73% dos aposentados com mais de 65 anos têm uma vida sexual ativa.

O sexólogo Pedro Juberg, membro titular da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana, defende a ideia de que a terceira idade desfruta de tempo livre e menos estresse. Além disso, tem sido beneficiada por uma gradual mudança na sociedade, que passou a ver o sexo nessa faixa etária com menos preconceito.

O corpo envelhece, mas o desejo, as fantasias e a vontade não cessam. Por isso mesmo, o sexo na terceira idade deve ser visto como algo natural. O avanço da medicina proporcionou longevidade à vida sexual. Enquanto isso, o tabu do sexo vai passando por um declínio. A aposentadoria chega em um momento mais maduro da vida da pessoa e traz oportunidade para uma vida com mais liberdade sexual. As cobranças pelo bom desempenho, no entanto, persistem.

Como o sexo se tornou presente e comum na vida da sociedade, a cobrança por um melhor desempenho e pela autoimagem é grande, o que acaba prejudicando os casais. O ideal é que estes aproveitem a maturidade e a intimidade adquirida com a idade para lidar com os eventuais fracassos momentâneos e também as delícias que esse sexo pode trazer. Mas é fundamental relaxar, aconselha o especialista.

Há quem diga que com a chegada da menopausa, a vida sexual para, devido às limitações físicas e mudanças biológicas. Na verdade, a desinformação existe em todos os níveis sociais e intelectuais, mas os especialistas garantem que a baixa de estrógeno na menopausa não interfere no desejo sexual.

Já para os homens, a chegada de medicamentos que potencializam a libido permitiu o equilíbrio nas funções eréteis. A medicina acompanhou a expectativa de vida do ser humano e trouxe mais oportunidades de desfrutar de seus prazeres. Hoje em dia, o homem idoso tem maior abertura e estrutura para buscar auxílio quando problemas aparecem e isso é uma grande evolução.

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