Sal aumenta pressão arterial em todos os hipertensos
Não há dúvidas: retirar ou diminuir o sal da dieta é a variável mais importante a ser considerada na prevenção das alterações cardiovasculares em hipertensos. Dois respeitados especialistas, os professores titulares da USP de Ribeirão Preto, Hélio César Salgado e Celso Amodeo, do Instituto Dante Pazzanese, foram categóricos ao fazer esta afirmação no 13º Congresso da Sociedade Brasileira de Hipertensão, realizado recentemente em Ribeirão Preto (SP).
Ambos consideram suspeitos os trabalhos apresentados pelo Salt Institute dos Estados Unidos afirmando que o sal seria até benéfico para os hipertensos. Segundo Hélio Salgado, este instituto é financiado por empresas de alimentos processados e bebidas que contêm excesso de sal em sua composição. Já o National Heart Lung and Blood Institute condena o sal para hipertensos.
Segundo Celso Amodeo, a ingestão de sal sempre aumentará a pressão em hipertensos. O que vai diferir é a quantidade utilizada, o tempo de uso e a sensibilidade, já que existem indivíduos mais sensíveis e outros mais resistentes ao sal. Uma experiência feita com pessoas que usaram um diurético chamado furosemide e ficaram 24 horas sem ingerir sal mostrou que a pressão dos mais sensíveis baixou em dez unidades e, dos resistentes, em cinco.
E mais: os integrantes de comunidades africanas que culturalmente ingeriam pouco sal se tornaram hipertensos quando mudaram para Nairóbi (capital do Quênia) e mudaram seus hábitos, passando a ingerir mais sal.
Uma coisa é certa: em indivíduos normais, o uso excessivo do sal pode até não aumentar a pressão arterial mas, a longo prazo, seu uso correto pode até prevenir o aparecimento da hipertensão.
A partir dos 30 anos de idade, os rins começam a reduzir a excreção de sódio e, ao chegar a 80 anos, esta fica diminuída em até 40%, devido às alterações renais provocadas pela hipertensão.
(Fonte: Agência Notisa)
Não há como prevenir Alzheimer e outros tipos de demência
O National Institutes of Health, o maior órgão americano de produção e financiamento de pesquisas médicas, reuniu um grupo de especialistas para avaliar a produção científica sobre demência e doença de Alzheimer produzida nos últimos anos. A conclusão, infelizmente, não foi das melhores.
Segundo os especialistas, não há nada que tenha eficácia cientificamente comprovada para prevenir tanto o Alzheimer como outros tipos de demência. Segundo os pesquisadores, a atuação dos suplementos de ginko biloba, as cápsulas de ômega-3 e de vitaminas até agora não foi devidamente comprovada. Programas de computador e jogos que prometem evitar a perda de memória também não tiveram os efeitos apregoados. O fato é que até hoje não há nada realmente efetivo contra estes males.
No Brasil estima-se que de 8% a 12% da população com mais de 65 anos manifeste algum grau de perda cognitiva, sendo que na maior parte dos casos o problema é causado por distúrbios vasculares.
Provavelmente devido à influência positiva exercida sobre o sistema cardiovascular, a adoção de uma dieta balanceada e a prática regular de exercícios físicos vêm apresentando os melhores resultados.
A hipertensão arterial, por exemplo, pode causar microinfartos em pequenos vasos no cérebro (as arteríolas) e prejudicar a oxigenação e a chegada de nutrientes na região. Com isso, há degeneração de células e maior dificuldade de circulação de informações na área do cérebro atingida. O acúmulo dessas lesões faz com que as chances de demência aumentem.
Além de controlar os fatores de risco para o coração, manter-se intelectualmente ativo e interagindo com as pessoas também é fundamental para continuar a ter uma vida produtiva.
Por outro lado, o diagnóstico precoce da perda de cognição também pode melhorar a qualidade de vida. É importante buscar assistência ainda quando os quadros de esquecimento forem leves, mas já começarem a interferir na rotina. Apesar de a doença não ter cura, existem remédios que combatem seus sintomas e ajudam a pessoa a se sentir melhor por mais tempo.
Deixe o seu comentário