Conversar com as crianças desenvolve mais a linguagem do que ler histórias para elas
A pesquisa é séria. Foi realizada na Universidade da Califórnia (UCLA School of Public Health) e publicada este mês na conceituada revista Pediatrics. Nada contra a recomendação da leitura para melhorar a capacidade de linguagem infantil, muito pelo contrário. Este bom conselho, entretanto, pode não enfatizar como deveria a troca de informações e a importância dos adultos conversarem o máximo possível com as crianças.
Segundo o estudo, coordenado pelo doutor Frederick Zimmerman, estimular a participação de crianças em conversas pode ser até seis vezes mais efetivo do que ler para elas. Foram avaliadas 275 famílias com crianças entre dois meses e quatro anos, medindo sua exposição a conversas de adultos com adultos, conversas de adultos com crianças e também à televisão.
As crianças foram submetidas a um teste de linguagem para saber como se comunicavam e as mais expostas a conversas, além de ter um vocabulário mais rico, cometiam menos erros – possivelmente porque as conversas davam a chance dos adultos corrigirem erros gramaticais comuns na infância. Já as crianças que apenas ouviam histórias ou conversas de adultos sem participar delas apresentaram um progresso descrito como “frágil” na avaliação dos pesquisadores. E aquelas que assistiam mais à televisão não chegaram a demonstrar um desenvolvimento especial, mas, diferente do que se pensa, também não mostraram efeitos negativos na linguagem.
A conclusão é que não basta conversar com as crianças, é importante engajá-las na conversa e estimulá-las a participar com seus comentários. A cada dia uma criança escuta cerca de 13 mil palavras e participa de cerca de 400 conversas com adultos. Quanto mais conversa, mais oportunidades para correções que ajudam no aprendizado e no uso de novas palavras, ampliando seu vocabulário.
Amálgama: o perigo está em nossas bocas
O mercúrio é um metal líquido e uma das substâncias mais perigosas conhecidas pelo homem. No entanto, a maioria das pessoas tem mercúrio em suas bocas, pois o material é usado como matéria-prima nas obturações para unir a prata e outros metais. As obturações com amálgama são um preenchimento barato, eficiente e durável. Tanto que durante anos os dentistas acreditaram que estes preenchimentos eram seguros, já que não havia nenhum efeito colateral identificável com seu uso.
O problema é que até agora ninguém provou que o mercúrio é mesmo seguro quando entra em nosso corpo. Pelo contrário. Há evidências científicas que o colocam como um veneno, podendo causar sérios danos, mesmo quando usado em níveis baixos. O problema com as obturações de amálgama é que a mastigação, a escovação dos dentes e o próprio tempo pode fazer com que partículas de mercúrio sejam liberadas e lançadas n a boca em forma de vapor, sendo, em seguida, inaladas.
A Organização Mundial de Saúde considera o mercúrio uma substância extremamente tóxica e acha que o tema merecia ser estudado com mais profundidade e isenção. No entanto, o que se observa até agora é uma total apatia por parte das autoridades de saúde do mundo inteiro, que ainda não se deram conta do real perigo representado pelo mercúrio quando usado na boca.
Ao que parece, já existem evidências científicas suficientes mostrando a relação do preenchimento dentário com mercúrio a enfermidades sérias. Segundo os dentistas, o mercúrio ficaria preso dentro do preenchimento, mas já se comprovou que um novo preenchimento de amálgama dentro de um dente polido não ficaria ali e sim evaporaria, caindo na corrente sanguínea. Outro estudo mostrou que amálgamas envelhecidos, feitos há mais de dez anos, apresentavam buracos negros, comprovando que 40% do mercúrio tinha evaporado e, da mesma forma, entrado para a corrente sanguínea.
A pesquisa mais contundente foi feita pelo dentista e consultor da OMS, Murray Vimyr e o professor de Fisiologia Médica na Universidade de Calgary, Fritz Lorscheider. Eles colocaram um preenchimento contendo mercúrio radioativo nos dentes de uma ovelha, que apareceriam como buracos negros numa radiografia. Esta mostrou que o mercúrio usado no amálgama migrou da mandíbula da ovelha para seus rins, fígado, cólon transversal e também que seus rins ficaram danificados. Os dentistas questionaram a experiência pois as ovelhas regurgitam a comida. Foi feito um novo teste, desta vez com um macaco e os buracos negros apareceram novamente.
De tudo, fica uma certeza. Com as provas científicas já existentes, é possível banir o amálgama mesmo sem ser necessário fazer testes em seres humanos, até porque existem outros materiais comprovadamente seguros.
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