Rinite alérgica: cirurgia pode ser a solução
A cirurgia para correção da obstrução nasal traz uma melhora importante na qualidade de vida do paciente, contribuindo para melhorar o seu sono, a prática de esportes e suas atividades diárias. Quando não se consegue melhorar os sintomas da rinite com tratamento clínico, a cirurgia pode ser a solução.
Antes, porém, de se decidir pela cirurgia, é necessário uma avaliação muito criteriosa. A técnica consiste na remoção de parte das estruturas internas das cavidades nasais ou sua cauterização. O procedimento é feito com anestesia local ou geral.
A cirurgia dura, em média, de 40 a 60 minutos e dependendo do caso, podem ser realizados outros procedimentos nasais na mesma cirurgia, como septoplastia (cirurgia corretiva de desvios ou irregularidades do septo nasal) ou a retirada de pólipos.
Depois da operação bastam de três a quatro dias de repouso. O paciente pode retomar as atividades normais em duas a três semanas, com exceção dos exercícios físicos, que devem esperar um pouco mais. O principal cuidado é evitar o sangramento nasal, o que se consegue com repouso, dieta sem alimentos quentes e colocação de compressas frias no rosto nos primeiros dias. Não há necessidade de nenhum outro cuidado especial.
Alterações vasculares cerebrais: maior causa de demência no país
Um estudo inédito realizado pelo Grupo de Estudos em Envelhecimento Cerebral da Faculdade de Medicina da USP revelou que as alterações vasculares cerebrais são mais importantes do que o Alzheimer no desenvolvimento da demência.
Foram avaliados 137 cérebros de pessoas que manifestaram demência moderada e grave. Os casos de derrame cerebral foram excluídos. Entre os demais, 30% tinham origem somente vascular e 25% tinham sido causados por doença de Alzheimer. A pesquisa também revelou que somente metade dos casos de demência vascular tinham sido diagnosticados clinicamente.
A confirmação do diagnóstico, tanto de Alzheimer como de demência vascular só pode ser obtida através de autópsia, com exceção de algumas alterações nos vasos cerebrais que podem ser detectadas através de exames de ressonância magnética.
Entre os casos de demência estudados, 17,5% tinham sido considerados, ainda em vida, decorrentes de alterações vasculares. Análises cerebrais realizadas após a morte permitiram observar demência cerebral em 33,3% dos casos. A neuropatologista Lea Grinberg, coordenadora do Banco de Cérebros da USP, afirma que muitos casos de demência vascular deixaram de ser prevenidos e diagnosticados porque os especialistas desconheciam este fato.
Pelo menos 40% dos casos de demência poderiam ser ao menos adiados com controle de fatores de risco vascular. O mais importante desses fatores seria a hipertensão arterial, que pode levar a microinfartos em vasos pequenos no cérebro. A falta de oxigenação pode levar o cérebro a se degenerar. A especialista alerta que com o envelhecimento da população pode haver uma epidemia de demência. “E uma parte delas pode ser prevenida. Todo mundo tem medo de Alzheimer, mas ninguém controla direito seus problemas vasculares”, diz Grinberg.
Ela lembra que os problemas nos vasos sanguíneos contribuem para acelerar os sintomas de Alzheimer. “Sem a questão vascular, o Alzheimer poderia se manifestar até dez anos mais tarde, dependendo da escolaridade do indivíduo”, afirmou.
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