Estudo da UFRJ comprova segurança do método mãe-canguru no tratamento de bebês prematuros
Desde agosto de 2000, a Maternidade-Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) implementa, com sucesso, o método mãe-canguru no tratamento de bebês prematuros ou de baixo peso. O programa representa uma grande transformação na concepção e na forma de lidar com estes recém-nascidos. O contato pele a pele e a posição de canguru proveem calor e evitam o refluxo gastroesofágico e a broncoaspiração. Associado à alimentação com leite materno exclusivo, o método aumenta o vínculo afetivo mãe-filho e possibilita uma alta hospitalar precoce.
Um estudo coordenado pelos professores Carlos de Azevedo e Marcus Renato de Carvalho, traçou o perfil dos bebês tratados por este método na Matenidade-Escola, confirmou mais uma vez sua eficácia e segurança. Foram consultados 390 prontuários e avaliados diversos ítens, como idade e peso dos bebês, tempo de permanência e o tipo de alimentação na alta hospitalar.
Verificou-se que a média de idade dos bebês foi de 35 semanas e dois dias, e seu peso médio, 1.766g. O tempo médio de permanência no alojamento foi de 11 dias; 81% dos bebês participantes tiveram alta hospitalar mamando só no peito; 18% em aleitamento misto, com leite materno e formulado, e apenas 1% com leite formulado.
Doenças neurológicas podem ser controladas com implantes inteligentes
Durante um encontro da Sociedade de Engenharia em Medicina e Biologia, realizado em Minneapolis (EUA), cientistas do laboratório Medtronic, divulgaram o protótipo de um neuroestimulador que poderá vir a ser usado no tratamento de pessoas com desordens neurológicas. Estes implantes inteligentes poderão também ajudar a desenvolver tratamentos para pessoas com mal de Parkinson, depressão e transtorno obsessivo-compulsivo.
O uso de neuroestimuladores com esta finalidade já foi, inclusive, aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration). A diferença é que estes aparelhos fazem a estimulação de acordo com um cronograma definido, não ‘reagem’ à atividade cerebral. Já os novos dispositivos que estão sendo estudados agora são capazes de responder a sinais cerebrais e, portanto, serão mais efetivos.
Este admirável mundo novo, porém está apenas começando. Testes mais sofisticados com humanos estão a anos de distância. A Medtronic informou que o neuroestimulador será usado, inicialmente, para estudar sinais cerebrais em pacientes durante suas atividades cotidianas. Os dados coletados é que vão mostrar se os sensores poderão ser usados para detectar e prevenir crises.
Mas não é apenas a Medtronic que está de olho neste filão. Uma outra empresa, a NeuroPace, da Califórnia, está concluindo estudos clínicos usando implantes inteligentes em 240 pessoas com epilepsia e anuncia resultados para dezembro. Segundo um estudo preliminar, feito com um grupo de 65 pacientes, os dispositivos foram capazes de reduzir as convulsões.
Vale lembrar que os estimuladores cardíacos foram desenvolvidos a partir deste mesmo princípio e graças a eles os pesquisadores aprenderam a detectar e a reagir aos sinais do coração. O próximo passo será, certamente, sua utilização no tratamento dos males que afetam o órgão mais desconhecido dos cientistas, o cérebro.
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